Gesto pouco usual, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Guilherme Uchoa (PDT), deixou a Mesa Diretora para discursar na tribuna cobrando o governador Paulo Câmara (PSB) que desative a Penitenciária Agricola da Ilha de Itamaracá (PAI) para tornar a cidade mais atrativa a turistas. A desativação da unidade era uma das promessas do ex-governador Eduardo Campos.
O tema é intimamente caro a Uchoa, já que o novo prefeito de Itamaracá, Tato (PSB), é genro do pedetista. O presidente da Alepe iniciou o discurso cumprimentando a esposa, Eva, e a filha, Giovana, que acompanhavam a sessão das galerias.
"Aquele presídio, aquele monstrengo, é uma agressão não somente ao meio ambiente, mas a toda uma população", afirmou Uchoa. No discurso, ele afirmou já ter procurado o governador para tratar do assunto.
Ele destacou a visita do ministro do Turismo, Marx Beltrão (PMDB), à cidade; e destacou a liberação de recursos dos ministros das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), e da Educação, Mendonça Filho (DEM), para serem aplicados em Itamaracá. Bruno e Mendonça são cotados para enfrentar Paulo Câmara na eleição de 2018.
Durante o discurso de Uchoa, o líder do governo na Alepe, Isaltino Nascimento (PSB), disse que Pernambuco tem uma dívida histórica com o povo de Itamaracá.
Ele também disse que as unidades prisionais, ao invés de contribuir para o desenvolvimento do município, trouxeram prejuízos, inclusive financeiros e se comprometeu a reforçar o "pleito justo" pela desativação.