Aumento de 7,88% da Compesa é questionado por Priscila Krause

Para deputada estadual, contribuinte está pagando a conta da Compesa em duplicidade
Paulo Veras
Publicado em 23/02/2017 às 12:03
Para deputada estadual, contribuinte está pagando a conta da Compesa em duplicidade Foto: Foto: Clemilson Campos/JC Imagem


O aumento de 7,88% na conta de água do pernambucano foi questionado pela deputada estadual Priscila Krause (DEM) nesta quarta-feira (22) no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Anunciado pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) como uma forma de compensar despesas causadas pela seca no Agreste, que levou ao colapso barragens que abasteciam 22 cidades. Em 2016, a Compesa teve uma despesa adicional de R$ 100 milhões com carros-pipa e investimentos em obras emergenciais. Para Priscila, esse valor poderia ser abatido se o Executivo tivesse pago uma dívida de R$ 51,9 milhões com a companhia de água.

Só em 2016, o governo deixou restos a pagar de R$ 37,9 milhões com a Compesa por deixar de quitar taxas de fornecimento de água e serviço de esgoto em prédios públicos, mostra levantamento de Priscila com base no Portal da Transparência. Soma-se a isso outros R$ 14 milhões de 2015. A democrata classificou o aumento como uma “manobra financeira” do Estado.

“O contribuinte está pagando duas vezes ao Estado o que deveria pagar”, criticou. Uma pesquisa no histórico de débitos anuais do Estado com a Compesa mostra que o comportamento de sustar o pagamento da água começou em setembro de 2015. Nos dois anos anteriores, o governo somou apenas R$ 300 mil em restos a pagar à companhia.

O detalhamento da dívida do Estado mostra que os principais débitos são para o fornecimento de água para escolas de rede estadual (R$ 18,9 milhões), unidades prisionais (R$ 12,3 milhões), de saúde (R$ 11,9 milhões) e o Centro de Convenções (R$ 480 mil).

CONTINGENCIAMENTO

O líder do governo, Isaltino Nascimento (PSB), rebateu as críticas. Ele lembrou que o governo do Estado passou por uma forte necessidade de contingenciamento entre 2015 e 2016, tendo que reduzir custeio como energia, diárias e passagem. “Não há nenhum artifício. A opção foi para garantir investimentos em áreas estratégias e a manutenção da máquina pública”, defendeu. Segundo Isaltino, o reajuste das tarifas está relacionado a uma série de investimentos feitos pelo Estado. 

 

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