Armando diz que "não precisa pedir licença" para conversar com oposição

Senador afirmou que alianças para 2018 ainda não estão definidas nem nacional nem regionalmente
Mariana Araújo
Publicado em 04/04/2017 às 6:50
Senador afirmou que alianças para 2018 ainda não estão definidas nem nacional nem regionalmente Foto: Foto: Jc Imagem


O senador Armando Monteiro (PTB) afirmou, ontem, que não “precisa pedir licença” ao ex-presidente Lula para conversar com forças políticas opositoras ao PT em Pernambuco. A declaração do senador vem após a divulgação da pesquisa do Instituto de Pesquisa Uninassau que mostrou 65% das intenções de votos dos pernambucanos para o petista. No entanto, ao elogiar o resultado de Lula - para ele era peserado - deixa portas abertas também para retomar a aliança com o PT.

Até 2016, Armando matinha uma relação próxima com o PT, principalmente por ter sido ministro de Desenvolvimento e Comércio Exterior da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Após deixar o cargo, com o impeachment da petista, Armando iniciou uma aproximação com o PSDB e DEM no Estado. O senador, no entanto, nega que já tenha firmado uma aliança para a eleição de 2018, para a qual é apontado como pré-candidato.

“Não faz sentido que, para conversar em Pernambuco, tenha que pedir licença”, disse Armando. “Não me afastei nem me aproximei. É a mesma posição que sempre tive”, afirmou, em outro trecho da entrevista.

O petebista afirmou, ainda, que não se pauta por pesquisa para definir possíveis alianças e nega que tenha se afastado de Lula e do PT. “Apenas no plano regional abri diálogo com forças políticas que se descolaram do PSB. Não existe aliança definida. Não fiz opção sobre alianças no plano nacional ou regional. Não é uma pesquisa que vai definir meu alinhamento ou desalinhamento”, acrescentou.

O senador afirmou, ainda, que os diálogos que mantém com nomes como Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB) são feitos com “naturalidade” e quem reconhece a “força política”. “Pode resultar ou não em alianças. Pode ter mais de uma candidatura no campo da oposição em Pernambuco”, pontuou.

PESQUISA

Para o senador, a pesquisa reflete os investimentos que o ex-presidente realizou, em seu governo, em Pernambuco. “Há uma série de elementos de identificação forte por parte dos pernambucanos. Mesmo com a crise, fica um legado, como a refinaria, a retomada da indústria naval, a fábrica da Jeep, parcerias feitas também com o governo de Eduardo Campos, além dos programas sociais que ele (Lula) implantou”, avalia o petebista.

Armando analisa, também, que a alta reprovação do governo de Michel Temer (PMDB) entre os pernambucanos e os baixos índices de votação alcançados por outros adversários do ex-presidente contribuem para o seu crescimento. “Alimenta a posição de Lula e a identificação como outro polo político. A debilidade (dos adversários) é, ao mesmo tempo, causa e efeito”, declarou.

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