Luiz Carlos Bezerra da Silva, atual vice-prefeito de Belo Jardim, no Agreste de Pernambuco, será o candidato do PSB às eleições suplementares que devem ocorrer ainda neste ano de 2017. O nome dele foi confirmado nesta segunda (15/05) pelo prefeito João Mendonça, do mesmo partido, que está perdendo o mandato por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
João Mendonça, que pela quarta vez foi eleito prefeito, foi considerado inelegível em razão de condenação por improbidade administrativa. No último dia 11 de maio, o TSE cassou liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes em dezembro de 2016, que garantiu a posse de Mendonça em janeiro de 2017. O indeferimento da candidatura havia sido uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral. A defesa de João Mendonça contestou e obteve a medida favorável provisoriamente.
“As minhas contas estão aprovadas. Espero reverter essa situação, mas no momento não vou judicializar. Espero a publicação da decisão do TSE para sair dignamente do cargo”, disse João Mendonça nesta segunda (15/05), por telefone. Ele prepara um levantamento de como recebeu o município em 2013 e do que está deixando. Já começou a trabalhar para fazer sucessor no seu grupo político.
Luiz Carlos foi secretário do município na terceira gestão de João Mendonça e cumpre o primeiro mandato. O vice da chapa ainda está em discussão.
A candidatura do PSB poderá ter pela frente um adversário mais forte, que surgiria da união do PTB do senador Armando Monteiro e do Democratas de Mendonça Filho. O assunto já é comentado no município.
O ministro da Educação é primo de João Mendonça, mas eles romperam desde 2011. O prefeito de Belo Jardim atribui sua perda de mandato à perseguição política que sofre em família. “Os poderosos de Belo Jardim não aceitam minhas vitórias”, diz João Mendonça. Ele afirma que continuará trabalhando pelo município e que deixa a casa em ordem. "Encontrei o Instituto de Previdência com um rombo de R$ 3 milhões, desvio de finalidade. Estou deixando mais de R$ 25 milhões na conta".
João Mendonça permanecerá no cargo até que seja publicado o acórdão do TSE. Quando ele sair a prefeitura passará, então, a ser comandada, até as novas eleições, pelo atual presidente da Câmara de Vereadores, Gilvandro Estrela, adversário político.