Ciro afirma que Moro condenou o ex-presidente mais popular do Brasil

Filiado ao PDT e possível rival de Lula em 2018, o cearense afirma que o Brasil vive um momento grave e triste
JC Online
Publicado em 12/07/2017 às 20:40
Filiado ao PDT e possível rival de Lula em 2018, o cearense afirma que o Brasil vive um momento grave e triste Foto: Ricardo Stuckert


Filiado ao PDT e apresentado como pré-candidato do partido à presidência da República, Ciro Gomes (CE) criticou a condenação do ex-presidente Lula (PT) pelo juiz Sérgio Moro. "Hoje, espero que seja só uma desagradável coincidência, numa sentença de 216 páginas, condena-se o ex-presidente mais popular da história moderna do Brasil a uma pena de prisão de nove anos e meio, por corrupção", afirmou.

Em um comunicado enviado à imprensa, Ciro Gomes disse que o Brasil vive um "momento muito grave e muito triste".

"O ódio sectário praticamente domina o debate político. Ontem, grande maioria do Senado Federal aprovou uma selvageria que nos remete ao século XIX, quando o trabalho não tinha a dignificação que a modernidade lhe atribuiu, não sem o sacrifício de muitos que até morreram para que mulheres, crianças e trabalhadores em geral fossem tratados com a dignidade devida e não como engrenagens da selva do dinheiro a qualquer preço", escreveu.

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De acordo com Ciro, Lula é o "o grande responsável político pelo momento terrível pelo qual passa o País", mas nem por isso deve ser injustiçado.

"Isto não significa que ele não tenha direito ao devido processo legal. E é a isto que devemos nos ater. Que ele recorra às instâncias superiores, que preserve a franquia democrática do devido processo legal e que - torço – tenha, enfim, provada sua inocência", afirmou.

VEJA A NOTA COMPLETA:

O Brasil vive um momento muito grave e muito triste. O ódio sectário praticamente domina o debate político. Ontem, grande maioria do Senado Federal aprovou uma selvageria que nos remete ao século XIX, quando o trabalho não tinha a dignificação que a modernidade lhe atribuiu, não sem o sacrifício de muitos que até morreram para que mulheres, crianças e trabalhadores em geral fossem tratados com a dignidade devida e não como engrenagens da selva do dinheiro a qualquer preço.

Hoje, espero que seja só uma desagradável coincidência, numa sentença de 216 páginas, condena-se o ex-presidente mais popular da história moderna do Brasil a uma pena de prisão de nove anos e meio, por corrupção.

Ninguém está acima da lei e imune ao alcance da justiça, mas esta condenação acontece ante uma grande revolta dos simpatizantes de Lula, uma estranhíssima e patológica euforia dos que o odeiam e ante uma grande perplexidade da maioria do povo que não consegue entender uma sentença sem uma prova cabal e simples, que todos possamos entender como base de uma pena justa.

Considero Lula o grande responsável político pelo momento terrível pelo qual passa o País. Foi traído, mas a ele, e somente ele, devemos a imposição de um corrupto notório na linha de sucessão do Brasil, o senhor Michel Temer.

Mas isto não significa que ele não tenha direito ao devido processo legal. E é a isto que devemos nos ater. Que ele recorra às instâncias superiores, que preserve a franquia democrática do devido processo legal e que - torço – tenha, enfim, provada sua inocência.

Volto a ponderar: o ódio é o pior conselheiro num momento em que nosso povo amarga uma crise tão grave!

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