Publicitários presos na 42ª fase da Lava Jato vão para Curitiba

Operação Cobra investiga esquema de lavagem de dinheiro envolvendo ex-presidente da Petrobrás, Aldamir Bendine, e operadores financeiros
Editoria de Política
Publicado em 27/07/2017 às 10:34
Operação Cobra investiga esquema de lavagem de dinheiro envolvendo ex-presidente da Petrobrás, Aldamir Bendine, e operadores financeiros Foto: Cinthia Ferreira


Atualizada às 11h08

Os publicitários André Gustavo Vieira da Silva e seu irmão, Antônio Carlos Vieira da Silva Júnior, ligados à empresa Arcos Comunicação e todo o material apreendido na 42ª fase da Operação Lava Jato em Pernambuco serão encaminhados para a sede da Polícia Federal em Curitiba ainda nesta quinta-feira (27). Eles seguirão em um voo de carreira, saindo às 17h do Aeroporto dos Guararapes, escoltados por policiais federais e devem chegar por volta das 19h.  foram presos pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (27). À pedido da força-tarefa da Operação Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e duas prisões temporárias no estado, por uma equipe formada por policiais federais de Pernambuco e do Paraná.

"As empresas só foram alvos de busca e apreensão para arrecadar material, dinheiro e outros objetos que são importantes para a operação", disse o assessor de Comunicação da Polícia Federal em Pernambuco, Giovani Santoro.

A Operação Cobra investiga um esquema milionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas envolvendo o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine, preso nas primeiras horas da manhã em Sorocaba, São Paulo, além de operadores financeiros suspeitos de articularem o recebimento de R$ 3 milhões de reais em propinas pagas pela empreiteira Odebrecht em favor de Aldemir.

Investigação

Evidências indicam que Aldemir Bendine teria feito um pedido de propina na quantia de R$ 17 milhões, na época em ele estava à frente do Banco do Brasil, para financiar a rolagem de dívida de um financiamento da Odebrecht Agroindustrial. Os executivos da empresa, Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, afirmaram em depoimento que negaram o pedido, pois acreditavam que Bendine não seria capaz de exercer influência em tal financiamento.

Outras provas colhidas durante a investigação dão conta de que Aldemir Bendine e um dos seus operadores solicitaram mais uma vez a propina aos executivos da Odebrecht, dias antes dele assumir a presidência da Petrobrás, no dia 6 de fevereiro de 2015. Desta vez, a contrapartida seria a garantia de que a empresa não seria prejudicada na estatal, incluindo com relação à própria Operação Lava Jato. A Odebrecht efetuou então o pagamento de R$ 3 milhões, repassado em três entregas em espécie de R$ 1 milhão cada, nos dias 17 de junho, 24 de junho e 1º de julho, em São Paulo, por meio do Setor de Operações Estruturadas, o “setor de propina”.

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