Bruno Araújo é oficializado como pré-candidato ao Senado pela oposição

Tucano é o terceiro nome anunciado na chapa da frente Pernambuco Vai Mudar, encabeçada por Armando Monteiro (PTB), e com Mendonça na outra vaga ao Senado
Editoria de Política
Publicado em 29/07/2018 às 18:00
Tucano é o terceiro nome anunciado na chapa da frente Pernambuco Vai Mudar, encabeçada por Armando Monteiro (PTB), e com Mendonça na outra vaga ao Senado Foto: Foto: PTB / Divulgação


O deputado federal Bruno Araújo (PSDB) foi oficializado nesse sábado (28), na sede do PSDB no Recife, como pré-candidato ao Senado pela frente de oposição Pernambuco Vai Mudar, liderada pelo senador Armando Monteiro Neto (PTB). O outro pré-candidato à Casa Alta é o deputado federal Mendonça Filho (DEM). Formado por 12 siglas, o grupo não anunciou o nome do candidato que vai ocupar o cargo de vice-governador, na intenção de atrair partidos que hoje integram a base do governador Paulo Câmara (PSB), como o Solidariedade, o PP e o PR.

“A montagem da chapa foi um processo de construção que todos acompanharam, com um longo período de convergência, alguns momentos de discordância, mas que caminharam para um entendimento”, disse Bruno Araújo.

O anúncio ocorreu depois de um desentendimento que quase provoca a saída de Bruno do grupo. O nome dele sofreu resistências a ocupar a vaga. O tucano também cobrava uma posição mais enfática do senador Armando Monteiro Neto em dar palanque ao ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato à presidência.

Para aparar as arestas, Armando divulgou uma nota afirmando que o palanque está aberto a Geraldo Alckmin.
O nome do vice-governador na chapa majoritária deve ser anunciado até a próxima quinta-feira (2/8). A chapa será oficializada na convenção do partido, marcada para o dia 4 de agosto, no Classic Hall, em Olinda. “Continuamos a conversar com vários partidos. Eu não queria pontuar o partido a, b ou c, mas, com relação ao Solidariedade, a gente tem dialogado”, disse Armando Monteiro Neto.

O pré-candidato ao governo garantiu que até a convenção serão anunciados novos aliados. “Pode ficar certo de que até a data da convenção nós vamos registrar novos apoios, que não são apenas numéricos, mas apoios de qualidade”, ressaltou.
Nos bastidores, fala-se que o grupo quer atrair uma candidata mulher para a chapa majoritária, caso se concretize a candidatura de Marília Arraes pelo PT ao governo de Pernambuco.

A chapa da situação, a do governador Paulo Câmara (PSB), cogita trazer a deputada federal Luciana Santos (PCdoB) para a majoritária. “A coordenação do processo é de Armando e ele saberá o momento certo para que a gente possa fechar ao longo desta semana a última vaga que falta na chapa”, afirmou o deputado federal Mendonça Filho (DEM). 

Ao ser perguntado se ainda esperava a vinda do MDB para o seu palanque até o prazo final das convenções, que se encerra no dia 5 de agosto, Armando disse ter “muita confiança” que Fernando Bezerra Coelho consiga ficar no comando estadual do MDB, trazendo o partido para o seu palanque. O MDB é alvo de uma disputa judicial pelo comando do Diretório Estadual, que se arrasta há meses entre Fernando Bezerra Coelho de um lado e o grupo do deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB), pré-candidato ao Senado pela chapa de Paulo Câmara. “Tenho muita confiança (na vinda do MDB para seu palanque). O senador Fernando Bezerra é parte legítima nessa disputa e eu considero que ele tem um bom direito”, disse Armando.

“Nós temos a manifestação do jurídico da executiva nacional do MDB. O direito é líquido e certo. Estamos aguardando a decisão, mas ela vem sendo postergada, adiada. Como já estamos no período das convenções, a urgência está caracterizada e nós acreditamos que deverá ter uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) antes da nossa convenção estadual, marcada para o dia 3. Ou se não tiver a decisão, certamente a executiva nacional irá analisar a possibilidade de entrar com uma ação de anulação dessa convenção”, disse o senador Fernando Bezerra Coelho, referindo-se ao impasse no diretório estadual do seu partido.

Nacional

“O palanque de Armando é plural. Armando mantém a decisão de acompanhar o voto em favor de Lula (PT) se for candidato, mas no palanque dele tem o Alckmin, o (senador) Álvaro Dias (Podemos), poderá ter o (Henrique) Meirelles (MDB). Vamos aguardar a definição em torno do MDB. Então, não tem nenhuma dificuldade disso, porque o palanque de Armando é pluripartidário e os partidos terão liberdade de pedir votos para seus candidatos presidenciais”, disse o senador Fernando Bezerra Coelho, que também participou do evento.

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