Um dos coordenadores da campanha de Armando Monteiro (PTB), o deputado federal Daniel Coelho (PPS) rebateu o prefeito do Recife, Geraldo Julio, na manhã desta quinta-feira (30). O socialista voltou a afirmar que Armando representa o palanque de Michel Temer em Pernambuco. "Estamos vendo a tentativa desesperada da campanha de Paulo Câmara em querer fugir da discussão sobre Pernambuco, o governo é um fiasco, é um fracasso e tentam criar falsos episódios sobre participação do governo Temer", comentou Daniel na Rádio Jornal.
O deputado ainda fez questão de enfatizar que prefeito e o governador apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff e agora estão alinhados com o PT. "Hoje, temos o candidato Armando Monteiro que todos sabem sua história, sua linha de coerência e sua posição de votar contra o impeachment, enquanto Paulo e Geraldo apoiaram. E eles tentam a todo momento distorcer os fatos e a realidade, todos sabem que eles participaram do governo Temer e tem co-responsabilidade com tudo isso. O que a gente quer é que Paulo pare de se acovardar nesses debates e venha discutir Pernambuco. Ele precisa explicar porque as estradas estão em péssimo estado de manutenção, porque a segurança pública e a saúde estão piorando. É um debate que ele não quer fazer", disse.
A troca de farpas entre o grupo de Paulo e Armando acontece um dia depois que o presidente Michel Temer contradisse as críticas feitas por Câmara ao afirmar que não deixou de contribuir com Pernambuco durante sua gestão, e ressaltou que tinha um bom relacionamento com o governador. Em seguida, Paulo afirmou nunca ter apoiado Temer e que era a favor de novas eleições.
Questionado sobre os aliados de Armando Monteiro, Bruno Araújo (PSDB) e Mendonça Filho (DEM), que foram ministros de Michel Temer, Daniel disse que nos dois lados existem pessoas que tiveram ligação com o presidente. "Fiz oposição a Temer, acho que é um péssimo presidente, tão corrupto como o histórico do Brasil nos últimos anos, mas o debate de Pernambuco é outro, o debate não é sobre Temer, se fosse quem teria de explicar seria Paulo. Armando, como eu, ficou distante e não participou do Governo. Na chapa de Armando têm pessoas que participaram do governo Temer e foram leais, na de Paulo também. Você vê Eduarda da Fonte que defendeu o governo Temer e é sócio majoritário do governo Paulo. Mas o debate não é esse e cada um responda por sua opinião", pontuou.
O deputado ainda destacou que se sente incomodado pela "tentativa de Paulo de forçar uma relação com Lula". "Isso depois de ter cortado à força a cabeça de Marília Arraes. Ele fez uma intervenção no PT e fala em aliança. Há uma incoerência na tentativa de Paulo de criar um debate falso, Temer é um passado ruim para o país, infelizmente colocado no poder através do processo legal. Armando não tem responsabilidade com isso quem tem é Paulo, que pode ter se arrependido, mas apoiou. O PSB rompeu com o PT lá atrás para tirar Lula e o PT do poder e agora tem a cara de pau de ficar repetindo 'Lula é Paulo, Paulo é Lula'. A gente já viu várias vezes o que o próprio Lula disse que de Paulo, que poste não dá para governar, que Paulo não tinha competência e capacidade de governar Pernambuco, são as declarações de Lula na última campanha", comentou.