O deputado federal eleito Túlio Gadêlha (PDT-PE), concedeu uma entrevista ao programa Super Manhã, da Rádio Jornal, onde aproveitou para lançar críticas ao Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições de 2018. Gadelha disse que a sigla precisa reconhecer seus erros e colocou Ciro Gomes (PDT) como um dos principais nomes para liderar a oposição. "Eu considero Ciro o principal nome desse campo progressista, o PT precisa reconhecer seus erros. A gente tem dialogado bastante com outros partidos do centro-esquerda, precisamos mudar a forma de fazer oposição", disse.
"Acredito que o PT errou muito de fazer oposição no País. Essa versão de 'vamos fazer oposição deles (PT)' não deu certo. A rejeição do PT se tornou aceitação para o Bolsonaro. Ciro foi avisado com muita antecedência sobre essa situação, por isso eu defendi que a melhor coisa era que Haddad abrisse mão da candidatura para que o Ciro assumisse. Era a única chance", acrescentou.
O pernambucano foi o que menos recebeu recursos no período de campanha eleitoral, cerca de R$ 100 mil, segundo o próprio deputado eleito. "Eu recebi um quinto que um deputado receberia. Ao todo recebemos R$ 100 mil. Para você ver, os candidatos do PSB receberam mais de R$ 1 milhão, isso é demais. Mas também precisamos decidir critérios, porque isso é pago pelo dinheiro do nosso povo. Muita coisa precisa mudar, uma reforma politica mais ampla. ", afirmou em entrevista ao Geraldo Freire.
Em sua primeira entrevista após voltar da Europa, para onde viajou no dia seguinte à derrota no primeiro turno das eleições presidenciais, Ciro Gomes (PDT) declarou ter sido "miseravelmente traído" pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus "asseclas".
A entrevista foi publicada na última quarta-feira (31) pela Folha de S. Paulo. O ex-governador do Ceará alega que não pode ser chamado de traidor por não ter declarado apoio a Fernando Haddad (PT) no segundo turno. "A gente trai quando dá a palavra e faz o oposto", justificou. Ciro reiterou o que já havia declarado anteriormente, que não pretende se aliar ao PT para qualquer campanha eleitoral.
A mágoa de Ciro diz respeito à articulação feita pelo PT, que retirou o apoio do PSb a Ciro, deixando-o isolado no campo da esquerda. Para isso, o PT retirou, inclusive, a candidatura própria em Pernambuco, onde Marília Arraes disputava tentava disputar contra o PSB do governador Paulo Câmara.