O senador Humberto Costa (PT-PE) criticou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro, ao jornal Estado de S. Paulo. Na entrevista, Eduardo diz que vai lutar para tipificar como terrorismo os atos do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) um dia depois de o futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, mostrar sua discordância sobre o tema. "Se for necessário prender 100 mil, qual o problema?", perguntou.
Humberto Costa compartilhou a entrevista no seu Twitter e disse que "Ditadores são assim: não suportam conviver com o contraditório".
Eduardo Bolsonaro também quer tornar o comunismo crime. Defendeu uma idade mínima para a aposentadoria diferente entre trabalhadores braçais e de escritório e a aprovação do projeto Escola Sem Partido, além de propor uma Constituinte exclusiva para a reforma política. O parlamentar não descarta ser candidato a prefeito ou governador de São Paulo e almeja criar um Foro de São Paulo da direita.
Em entrevista na última semana, Sérgio Moro disse que "não é consistente" classificar movimentos sociais como terrorista, mas declarou também que essas organizações não podem ser consideradas como "inimputáveis".
Humberto está no Uruguai, em missão oficial para participar de reunião no Parlamento do Mercosul (Parlasul), em Montevidéu. No evento, o petista fez duras críticas ao presidente eleito e afirmou que BOlsonaro está 'despreparado'. "Nós desejamos que Bolsonaro não faça o que prometeu durante as eleições, porque, se o fizer, a democracia no Brasil e no hemisfério Sul estará comprometida. Como presidente eleito, ele tem de respeitar os mais de 47 milhões de brasileiros, quase 45% dos eleitores do país, que votaram no candidato do PT no 2º turno", afirmou.