MP-AL cumpre mandados de busca e apreensão em PE na 2ª fase da Operação Perfídia

A segunda fase da Perfídia acontece para dar continuidade às investigações iniciadas em julho contra a organização criminosa comandada pelo empresário Victor Pontes de Mendonça Melo
Da editoria de Política
Publicado em 13/12/2018 às 9:53
A segunda fase da Perfídia acontece para dar continuidade às investigações iniciadas em julho contra a organização criminosa comandada pelo empresário Victor Pontes de Mendonça Melo Foto: Foto: Divulgação/MP-AL


O Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE-AL), desencadeou, na manhã desta quinta-feira (13), a segunda fase da “Operação Perfídia”. Em Maceió, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em residências e empresas. Já no interior de Pernambuco, houve o cumprimento de outras duas medidas cautelares, todas expedidas pela 17ª Vara Criminal da Capital. O esquema criminoso teria causado um prejuízo de cerca de R$ 12 milhões aos cofres públicos. 

A ação teve como objetivo desarticular uma organização criminosa, especializada nos crimes de fraude à licitações, falsidade ideológica, simulação de operações tributárias e lavagem de bens. 

“Não podemos, enquanto Ministério Público, admitir que pessoas tão frias causem dano tão grave à sociedade impedindo que tenha acesso à saúde quando lhes roubam remédios; à educação, quando lhes tiram a merenda; quando não garantem um transporte escolar decente e colocam em risco milhares de vidas por exemplo. Esses doze milhões roubados, dariam para garantir vários direitos à crianças, adolescentes e à população em geral”, afirma o promotor de Justiça de Alagoas Cyro Blater.

1ª fase da Operação

A segunda fase da Perfídia acontece para dar continuidade às investigações iniciadas em julho contra a organização criminosa comandada pelo empresário Victor Pontes de Mendonça Melo, acusado de ter fraudado licitações que geraram um prejuízo de mais de R$ 12 milhões aos cofres do tesouro estadual.

Na época foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão nos municípios de Maceió, Arapiraca, Coqueiro Seco e Satuba. Na ocasião, o Gaesf informou que a organização criminosa liderada por Victor Pontes era composta por pelo menos 11 pessoas físicas. Parte delas era considerada “testa-de-ferro” e “laranja”. Além disso, o esquema também envolvia 17 empresas, com todas atuando de maneira fraudulenta contra o fisco de Alagoas. 

A 1ª fase resultou na apreensão de computadores, cheques, aparelhos celulares, documentos como contratos e licitações e de 10 veículos de passeio - com quatro pertencentes a Vitor Pontes -, um caminhão e uma Fiorino - também de propriedade do principal acusado -, além de três motocicletas.

Após denúncias de envolvimento em pagamentos de propina com Victor Pontes, documentos foram recolhidos da casa do empresário Flávio Hugo Ferreira de Moraes, onde será analisado e estudado pelo Gaesf. Procurado pelo Blog de Jamildo, Flávio afirmou que não estava sabendo do acontecido e que assim não poderia se posicionar. 

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