Câmara Municipal do Recife

Em ano eleitoral, 2020 começa esvaziado na Câmara do Recife

Além da ausência do prefeito Geraldo Julio, Câmara do Recife contou com a presença de poucos vereadores na primeira sessão do ano

Alice Albuquerque
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Alice Albuquerque
Publicado em 03/02/2020 às 19:50
Anderson Barros/ Câmara Municipal do Recife
Além da ausência do prefeito Geraldo Julio, Câmara do Recife contou com a presença de poucos vereadores na primeira sessão do ano - FOTO: Anderson Barros/ Câmara Municipal do Recife
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A sessão solene de retomada da Quarta Sessão Legislativa da Câmara Municipal do Recife para dar início às atividades retornaram na tarde desta segunda-feira (3), no plenário da Casa. Além de não contar com a presença do prefeito Geraldo Julio (PSB), que era esperado, mas enviou o vice-prefeito Luciano Siqueira (PCdoB) como seu representante, a solenidade de abertura dos trabalhos teve o prestígio de poucos vereadores e vereadoras, o plenário estava vazio. 

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Em discurso na tribuna, o líder da oposição, Renato Antunes (PSC) criticou a ausência do prefeito e a saída rápida do vice-prefeito  - que discursou e teve que sair apressado para outro evento sem ouvir a base e a oposição. “A lamentação é que o prefeito não comparece a esta Casa. Ele deveria estar sentado nesta mesa ouvindo aquilo o que a oposição tem para falar do Recife. É a quarta vez nesta legislatura que existem outras atividades mais importantes do que participar de forma efetiva da abertura desta sessão. A relação de subserviência não existe. Na minha opinião, faltou consideração não esta Casa, mas com a cidade do Recife" atenuou. Após a saída do vice-prefeito, além do vereador que discursava e dos que representavam a mesa, permaneceram apenas 11 parlamentares no plenário.

Em defesa do gestor municipal, o líder do governo, Eriberto Rafael (PTC) ressaltou que o prefeito tem outras agendas e "o vice-prefeito também responde pela Prefeitura". "Ele foi eleito junto com Geraldo Julio para trazer benfeitorias para a cidade. Nós temos um plano de governo a ser mostrado e o vice-prefeito veio apresentar justamente o que é a Prefeitura toda como um conjunto para o Recife. O que foi feito ano passado e as perspectivas para esse ano", preservou.

‘2020 é ano de eleição e muito trabalho’

Luciano Siqueira estava representando o prefeito Geraldo Julio e fez o balanço da gestão de 2019 "daremos sequência a um ciclo de realizações que já duram sete anos em favor do povo da cidade". "Esse balanço merece ser sublinhado e levado em conta por esta Casa, sobretudo agora, neste período legislativo em que haveremos de concluir a atualização do Plano Diretor e vamos ter que nos debruçar sobre uma série de dispositivos na esfera de planejamento", ressaltou. 

O presidente da Casa de José Mariano, Eduardo Marques (PSB) ressaltou que "estamos muito animados para trabalhar mais um ano pelo povo do Recife" e que o objetivo do ano é, com o Plano Diretor, tornar a cidade mais "humanizada". "Vamos continuar o trabalho importante que vem sendo feito no ano passado. Apresentamos mais de 330 projetos de lei, todos em busca de dias melhores e melhor condição de vida para os recifenses. Recebemos 39 projetos de lei do Executivo e todos os parlamentares discutiram. Será um ano difícil de eleição, de campanhas, mas todos nós estamos conscientes das responsabilidades que temos com a Casa". 

Por sua vez, Eriberto Rafael falou que a responsabilidade de ser líder do governo lhe deu a oportunidade de viver o dia a dia na Casa "com mais intensidade" e ressaltou o trabalho feito pela oposição. "Temos a tranquilidade de notar que o Recife tem uma bancada de oposição propositiva, e a certeza de que teremos debater benéficos e importantes para os recifenses que nos elegeram como representantes". Em tempo, ele destacou o trabalho da sua gestão e o papel do vereador na sociedade. "Sabemos que para realizarmos as entregas, é preciso muito trabalho. O vereador é o político que tem uma relação mais próxima com a população e que convive nos diversos bairros".  

O 1º secretário, Romerinho Jatobá (PROS) salientou que todos foram "eleitos para passar quatro anos trabalhando". É ano de eleição e temos que cuidar das eleições do segundo semestre. Temos vários projetos como o Plano Diretor, e os projetos de lei de cada vereador, do Executivo, das comissões, que vão trabalhar intensamente. É um ano normal de muito trabalho", disse. 

No entanto, Renato Antunes afirmou que ano eleitoral é "atípico, mas a Casa precisa da sua parcela de contribuição". "Recife tem problemas que não podem esperar uma eleição. É importante discutirmos o plano de drenagem para que não aconteça em Recife o que aconteceu em Belo Horizonte. A cidade não pode ficar refém disso". Ele completou, ainda, o papel da base e da oposição na Câmara. "Base e oposição se dispõem a trabalhar e cumprir com as nossa função, que é cuidar da cidade mais uma vez. Ter oposição não é ser inimigo da gestão, é cooperar para ajudar a gestão naquilo que a gente enxerga de outra ótica".

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