Prevenindo calos e unhas encravadas

Só quem já teve uma unha encravada sabe descrever a dor e o desconforto. Principalmente se a formalidade do trabalho exigir o uso de sapatos fechados, que comprimem ainda mais o machucado. Geralmente, o problema é causado por cortes errados nas unhas, traumas provocados por objetos que caem sobre os pés e até sapatos apertados e fechados usados diariamente. O tratamento adequado para correção da unha encravada deve ser feito por um podólogo, profissional especializado e capacitado para tratar dos pés.

Tem gente que vê o encravamento como um caso de vida ou morte, pensando até na extração da unha para curar-se do “mal”. Hoje não é mais necessário chegar a tal ponto, afirma a podóloga e instrutora do curso de podologia do Senac, Jacelma Alves. “É rara a remoção da unha, hoje há métodos eficazes para o tratamento”, afirma. A dor do procedimento também é coisa do passado, com a aplicação de analgésicos muito eficazes e tratamentos a laser.

Outra condição comum nos centros de podologia é o ressecamento do calcanhar, que provoca até fissuras e rachaduras. Além da falta de hidratação, a causa pode estar ligada à alteração de taxas e hormônios e ao uso contínuo de alguns medicamentos. O uso frequente de sandálias abertas é fator que contribui.

Para evitar o aparecimento e proliferação de fungos e micoses, o uso de desodorantes e talcos para os pés é recomendado pela podóloga. “Ajuda a combater a propagação de bactérias e pode ser usado o ano todo, não apenas no verão. Quem sua muito também deve andar com toalhas de papel para enxugar os pés ao longo do dia”, explica Jacelma. Outra dica é não guardar o sapato logo após o seu uso e deixá-lo secar, “respirar” por pelo menos 24 horas em um ambiente arejado.

Já para os calos no calcanhar, na área do tendão de Aquiles, o ideal é não voltar a machucar a região por uma semana ou 15 dias, geralmente o tempo necessário para a lesão se recuperar, dependendo da remoção do tecido.