Biossensor reduz tempo de detecção da dengue

Em fase de testes por pesquisadores do Lincs e Cetene, equipamento tem a vantagem de identificar, em minutos, se o sangue está contaminado e qual o tipo do vírus
Manuella Antunes
Publicado em 30/05/2012 às 11:03


Os pesquisadores do Laboratório para a Integração de Circuitos e Sistemas (Lincs) e do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene) – entidade ligada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação – trabalham no intuito de diminuir o tempo de espera para obter um diagnóstico preciso da dengue. 

O sistema ainda está em fase de testes, mas a boa nova é que, recentemente, a multinacional norte-americana Jabil, especializada em sistemas eletrônicos, decidiu financiar os testes. “O que pode acelerar o processo, pois, antes só conseguimos realizar dois testes”, revela a gerente de negócios do Lincs, Aline Timóteo.

Segundo ela, o projeto consiste no desenvolvimento de um biossensor ótico de altíssima sensibilidade, capaz de detectar a reação entre o vírus e o anticorpo que estão fixados na superfície do aparelho. 

A especialista crescenta que a grande vantagem do sistema é o fato de ele conseguir trabalhar com o vírus na sua forma natural,em necessitar de um tratamento prévio demorado. “Foi um colega alemão que trouxe o protótipo do sistema ótico de pesquisas realizadas num centro de inovação da Alemanha. Aqui, estamos aperfeiçoando isso e fazendo testes”, detalha. 

De forma simplificada, ela explica que o equipamento é composto por uma câmera, espelhos e laser. “O sistema é baseado na refração da luz e em controle eletrônico, que tem parâmetros pré-concebidos para comparação. Assim, ele identifica, em poucos minutos, se o sangue está de fato contaminado e qual o tipo do vírus.”

Apesar do financiamento da Jabil, não há previsão para que o sistema chegue às redes públicas e privadas de saúde. “Estimaria algo em torno de dois ou três anos”, finaliza Aline. 

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