Robô criado pelo Cesar vai disputar torneio latinoamericano de olho em mundial

i-Zak é capaz de reconhecer vozes e conversar com um ser humano, além de verificar alguns sinais vitais e até identificar se uma pessoa está feliz ou triste
Renato Mota
Publicado em 12/10/2014 às 8:08
i-Zak é capaz de reconhecer vozes e conversar com um ser humano, além de verificar alguns sinais vitais e até identificar se uma pessoa está feliz ou triste Foto: Guga Matos / JC Imagem


Ele ainda não é a Rosie – a simpática robô que cuida da família Jetson – mas que estar, no futuro, na sua casa. i-Zak, criado pelos profissionais do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), em parceria com o VoxarLabs, irá participar no próximo fim de semana do Latin American and Brazilian Robotics Competition 2014, que acontece em São Carlos (SP), mas o objetivo da equipe que o desenvolveu é que ele vire o um produto a ser comercializado.

“Vivemos atualmente um momento de grande mudança, em que os robôs estão saindo da indústria e entrando nas nossas casas”, explica o desenvolvedor de sistemas embarcados, Henrique Foresti, responsável pelo projeto. O Cesar iniciou este ano seu projeto de robótica e i-Zak é o primeiro modelo a participar de uma competição. “É uma forma que encontramos de criar expertise e se destacar nesse mercado que está crescendo”, completa.

As funções do robô ainda são limitadas. Sua produção aconteceu num curto espaço de tempo, para que pudesse competir ainda este mês e tentar uma vaga para a etapa mundial da Robocup, que acontece em 2015, na China – este sim seu objetivo principal. Ainda assim, i-Zak é capaz de navegar de forma autônoma, reconhecer vozes e conversar com um ser humano, verificar alguns sinais vitais (como temperatura e batimento cardíaco) e até identificar se uma pessoa está feliz ou triste. 

“Para esses robôs domésticos, o desafio é criar uma interface de interação humano-máquina que funcione. Diferentes das máquinas que operam na indústria, esses modelos abrem mão de precisão para serem mais expressivos. É o que batizamos de ‘robótica emotiva’”, conta Foresti. 

Para construir essa interface, o Cesar buscou parceria com o VoxarLabs, laboratório de pesquisas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) especializado em realidade aumentada. “Usamos um sensor Kinect e um tablet rodando Windows para criar essa interação. O leitor consegue identificar as pessoas e ler os movimentos enquanto o tablet projeta o ‘rosto’ do i-Zak, que responde a esses estímulos e ordens”, explica o pesquisador do VoxarLabs, João Marcelo Teixeira.


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