Tecnologia contra o câncer

Watson, a inteligência artificial criada pela IBM, ajuda nas pesquisas de combate à doença nos Estados Unidos
Renato Mota
Publicado em 07/03/2015 às 16:22
Watson, a inteligência artificial criada pela IBM, ajuda nas pesquisas de combate à doença nos Estados Unidos Foto: NE10


LAS VEGAS - Quando imaginamos um supercomputador, com terabytes e terabytes de conhecimento armazenado, capaz de processar informações e responder perguntas baseado na interação dos dados contidos nele, logo nos vem à mente uma máquina maligna, capaz de nos eliminar – como a Skynet, da série Exterminador do Futuro, ou o HAL 9000, de 2001: Uma odisséia no espaço. Mas, na vida real, toda essa capacidade de processamento está nos ajudando a resolver um dos maiores problemas da sociedade moderna.

O Watson, a inteligência artificial criada pela IBM baseada em computação cognitiva – sistemas que aprendem e interagem naturalmente com as pessoas – tem ajudado nas pesquisas de combate ao câncer nos Estados Unidos de várias formas – desde a possibilidade de criar um tratamento personalizado com base nas informações genéticas do paciente, até disponibilizar um banco de dados gigante com o que há de mais moderno nas pesquisas médicas.

Segundo o vice presidente do grupo IBM Watson, Mike Rhodin, um dos maiores desafios hoje é a quantidade de informações médicas disponíveis. “Esses dados têm dobrado a cada três anos. Mas a expectativa é que, em 2020, eles dobrem a cada 73 dias”, explica. De acordo com Rhodin, a velocidade como as coisas acontecem atualmente, um epidemiologista precisa ler 167 horas de material por semana, só para se manter atualizado com as pesquisas realizadas na semana anterior. “Nesse sentido, tecnologias como a nuvem, big data, analytics e computação cognitiva podem transformar esses dados que estão dispersos em informações úteis e acessíveis a qualquer dispositivo”, completa o executivo.

Os avanços trazidos pela tecnologia pode ajudar a diminuir custos, acredita a professora de medicina genômica do MD Anderson Cancer Center, da Universidade do Texas, Lynda Chin. “Não falo só de custos financeiros, mas humanos também”, afirma a professora. Sua equipe desenvolveu o Oncology Expert Advisor (OEA), uma solução que estende o alcance do conhecimento desenvolvido em Houston para além dos EUA. 

“O OEA funciona como um conselheiro do médico. Preenchendo os campos com informações relevantes do paciente, é possível ter um retorno sobre os planos de tratamento, ensaios clínicos e potenciais complicações com oncologistas em todo o mundo”, conta Lynda. 

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