Google mapeia o mar de Noronha

Serviço Street View incluirá, a partir de hoje, o arquipélago de Fernando de Noronha e o Atol das Rocas
Renato Mota
Publicado em 17/03/2015 às 15:02
Serviço Street View incluirá, a partir de hoje, o arquipélago de Fernando de Noronha e o Atol das Rocas Foto: Reprodução


Faz tempo que o “street” (rua, em inglês) permanece no nome do Street View da Google só por tradição. O serviço de mapeamento por fotos da gigante da tecnologia já explorou as Pirâmides de Gizé, no Egito; os canais de Veneza, na Itália; o Grand Canyon, nos EUA e até mergulhou na Grande Barreira de Corais australiana. O próximos destinos paradisíacos estreiam hoje e são conhecidos nossos: o arquipélago de Fernando de Noronha e o Atol das Rocas (RN).

São mais de 20 quilômetros de trilhas pelas praias da ilha e outros 6 quilômetros de mergulhos no litoral fotografados pela equipe da Google. Todo material estará disponível através do serviço Maps a partir de hoje.

De acordo com o engenheiro do Street View na América Latina e líder do projeto, Tomás Nora, a captura das imagens foi feita entre os meses de outubro e novembro do ano passado. “Temos uma parceria antiga com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que conhece muito bem a área e nos indicou a melhor época. Nosso equipamento trabalha melhor com iluminação forte, então queríamos evitar a época das chuvas na região”, explica.

Diferentemente do que acontece quando fotografa as ruas das cidades, a Google usou para a tarefa a Street View Trekker, uma mochila equipada com 15 câmeras que registram imagens em 360 graus do ambiente. “Elas substituíram as bicicletas que usávamos nos primeiros registros de trilhas para o Maps. Além das mochilas, usamos também bugues para algumas praias e barcos para fotografar o litoral”, completa Nora.

As imagens subaquáticas foram feitas em parceria com a empresa australiana Catlin Seaview Survey, que já tinha trabalhado com a Google no projeto Oceanos. “O mais importante era que nossos fotógrafos não perturbassem o ambiente. Os golfinhos, por exemplo, são animais muito dóceis e costumam se aproximar dos humanos. Mas ao mesmo tempo são muito sensíveis, então os registros tinham que ser feitos com muito cuidado”, conta o líder do projeto.

O Google Maps já possui registros fotográficos do Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, e da Bacia do Rio Amazonas. O objetivo da Google é, através da parceria com o ICMBio, realizar o mapeamento de todos os parques nacionais brasileiros. O cronograma com os próximos lançamentos, entretanto, não foi divulgado.

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