Estação de bombeamento da transposição. Foto: Guilherme Rosa/PR
Não deixa de ser triste ver o ex-presidente Lula (PT) fazer um giro pelo Nordeste hasteando a bandeira das megaobras federais iniciadas no seu governo e inconclusas. São projetos importantes, mas ele e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) não concluíram os projetos, que seguem o mesmo padrão: de falta de planejamento e orçamento estourado a suspeitas de corrupção e desvios. A lista passa pela refinaria, transposição, transnordestina e Hemobrás, todas elas inacabadas.
Com o rombo no caixa federal, o governo Michel Temer (PMDB) não terá condições ou interesse de finalizar todo o conjunto. A transposição, por exemplo, não beneficiará as 12 milhões de pessoas previstas no projeto original sem as obras complementares que Lula, Dilma e Temer não iniciaram. Com isso, já sabemos, um futuro presidente vai tentar finalizar esse pacote de obras que se arrasta há mais de 10 anos.
Dar ponto final às eternas obras é uma obrigação, pois elas são o típico sonho que virou prisão. Demandas regionais se renovam, gerações têm sonhos diferentes. Por quanto tempo vamos sonhar o mesmo sonho, uma refinaria pronta e uma transposição que de fato leve água às 12 milhões de famílias?