O governo Bolsonaro, durante a pandemia do coronavírus, dividiu-se entre os que trabalham para evitar o colapso do SUS, que Bolsonaro chama ironicamente de "estrelas", e os que tentam chamar a atenção do chefe atirando para onde eles acreditam que o chefe quer atirar. É um modo antecipado de bajulação, nesse caso, inconsequente. Estamos falando dos ataques à China.
Porque a China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009. É o País para quem o Brasil mais vende e de quem mais compra.
O Brasil teve em 2019 um lucro superior a 20 bilhões de dólares nas relações com a China.
Só para comparar, vale lembrar que os EUA tem um PIB ainda maior do que o da China. Apesar disso, em 2019, com todas as concessões que Bolsonaro fez para Trump, tentando atrair o parceiro. O Brasil ainda teve déficit com os EUA. A balança com os americanos ficou em 525 milhões de dólares negativos para os brasileiros.
Aí, o filho do presidente brasileiro resolveu atacar a China por causa do coronavírus. E os ministros bajuladores também. O da Educação, Weintraub, à frente.
Resultado, o Brasil precisou comprar respiradores e material de segurança hospitalar com os chineses e as compras foram canceladas porque os EUA estão pressionando a China a vender só pra eles, que também estão em situação difícil com o coronavírus. Só quem podia impedir o que chegou a ser chamado de pirataria moderna, por parte dos EUA, era a China.
Mas, nós estamos brigando com eles, pra que Bolsonaro siga sendo bajulado e possa bajular Trump.
Bolsonaro e os bolsonaristas não estão apenas deixando de ajudar, estão atrapalhando e contribuindo para o colapso do Sistema de Saúde.