Depois de lockdown, reabertura depende de avaliar erros e corrigir, não fingir que deu tudo certo.

Nos últimos dias, houve momentos em que nenhuma das cinco cidades onde a tal quarentena foi implantada ficou entre as cinco com melhor índice do Estado
Igor Maciel
Publicado em 01/06/2020 às 10:49
Imagem de Jaboatão dos Guararapes. Pessoas na rua durante o lockdown. Foto: LEO MOTTA/ACERVO JC IMAGEM


O lockdown que terminou domingo em cinco cidades da Região Metropolitana do Recife teve tanto efeito quanto teria se nunca tivesse sido decretado. Fez tanto barulho no início que até conseguiu melhorar um pouco o índice de isolamento, mas não durou nem uma semana completa.

Nos últimos dias, houve momentos em que nenhuma das cinco cidades onde a tal quarentena foi implantada ficou entre as cinco com melhor índice do Estado. Na última quinta-feira, por exemplo, a melhor colocada, entre as do decreto, foi Olinda, um 7º lugar, perdendo para outras que não precisaram impantar qualquer tipo de fiscalização.

E agora, a meta é reabrir a economia. Como se o lockdown tivesse sido um sucesso e garantisse a segurança. O plano, que nem foi detalhado, é necessário e deveria estar pronto e público há tempo, para que a população também se planeje, mas é preciso que as pessoas tenham a segurança necessária.

Risco é fingir que a quarentena deu certo, reabrir e ter que fechar novamente.

A impressão é que alguém preparou um roteiro completo para um dia de sol. Veio a tempestade e o roteiro continua sendo seguido, como se o sol estivesse lá.

Está?

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