Jair Bolsonaro mostra uma eficiência para quebrar promessas difícil de se ver.
Agora, por exemplo, conseguiu unir duas quebras em uma só “canetada” como gosta de se referir quando quer ser pouco simpático sobre seu próprio poder. Ao destinar um novo ministério para o deputado Fábio Faria (PSD), com a criação do Ministério das Comunicações, o presidente que se elegeu prometendo enxugar a máquina e moralizar a administração conseguiu aumentar os gastos e, ao mesmo tempo, entregar uma pasta inteira para o fisiológico centrão.
Chega a ser engraçado. O presidente que se elegeu, segundo ele, sozinho, sem apoios. Que iria inovar fazendo um governo que não precisaria negociar nada com os partidos corruptos, falava em meritocracia, carta branca para os ministros.
Governo Bolsonaro nomeia indicado do Centrão para comandar FNDE
Agora cria ministério novo para abrigar deputado do partido criado por Gilberto Kassab (PSD), há alguns anos, apenas com o intuito, na época, de conseguir espaços nos governos do PT.
Tem mais. Fábio Faria não tem experiência nenhuma com a área de comunicação. Bolsonaro não apenas reconhece isso, como afirmou na manhã desta quinta-feira (11), como já tem uma justificativa para a inexperiência do novo ministro: “Ele é genro de Sílvio Santos”:
É igual a quando Eduardo Bolsonaro ia ser embaixador do Brasil nos EUA porque tinha feito intercâmbio e fritado hambúrguer na terra do Tio Sam.