Liberal, novo ministro da Educação apoiou Doria e tem histórico anti-PT

É um nome que se afina com o ministro da Economia, Paulo Guedes. A questão é que o governo Bolsonaro está num momento de guinada para um populismo desenvolvimentista que talvez não o encaixe
Igor Maciel
Publicado em 03/07/2020 às 11:56
Feder é formado em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) Foto: REPRODUÇÃO


Apesar de ter contribuído para a campanha de João Doria (PSDB), motivo pelo qual foi, antes, preterido, em relação a Carlos Alberto Decotelli. O novo ministro da Educação, Renato Feder, tem histórico para agradar os bolsonaristas.

A empresa da qual ele era CEO antes de virar secretário no Paraná, a Multilaser, foi apontada como responsável pelo patrocínio dos cartazes usados para atacar Dilma Rousseff (PT) na abertura da Copa de 2014. Os cartazes eram apócrifos. Ao todo foram distribuídos 20 mil, no tamanho 60 x 70 cm e tinham frases como “Fora IncomPTentes” e “Fora CorruPTos”.

Todo mundo que recebeu o cartaz ao entrar no estádio era orientado a abrir o cartaz na hora do hino nacional para que o Brasil “vencesse de verdade”. A gráfica onde os cartazes foram feitos na época disse que a encomenda foi feita pela Multilaser e custou R$ 15 mil.

Feder é um liberal declarado e foi um dos fundadores do site "Ranking dos Políticos”. A página na internet faz uma lista dos políticos em que os melhores colocados são os que votam pela diminuição da carga tributária e redução da influência do Estado na economia. Hoje Feder não faz mais parte do conselho do site, nem da diretoria executiva. Mas, o projeto seguiu.

É um nome que vai agradar os bolsonaristas liberais e se afina com o ministro da Economia, Paulo Guedes. A questão é que o governo Bolsonaro está num momento de guinada para um populismo desenvolvimentista que talvez não o encaixe. Veremos.

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