A expulsão de Clodoaldo Magalhães do PSB, que alguns disseram estar muito próxima há alguns dias, pode acabar nem acontecendo.
Se tem algo que caminha junto com eleição é matemática. Nem sempre dois mais dois é igual a quatro, mas a matemática está lá de alguma maneira.
Alguns socialistas começaram a se perguntar se era necessário expulsar o deputado estadual pelo simples fato de ele ter conseguido reunir muitos votos e ameaçar a reeleição de deputados federais com história no partido.
A conta, talvez, tenha sido feita depois que o prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PL), abriu as portas da sigla para que Clodoaldo, atual primeiro secretário da Alepe, fosse disputar a Câmara Federal por lá.
Houve quem se perguntasse o que Ferreira ganhava, já que isso poderia atrapalhar o irmão dele, André Ferreira (hoje no PSC mas indo para o PL).
Nos bastidores, um auxiliar de Anderson deu a dica: "os votos são outros e Clodoaldo se elege sozinho. Se viesse, apenas ajudaria sem atrapalhar ninguém".
Também de olho nisso, Raquel Lyra (PSDB) se adiantou e, junto com o presidente nacional do PSDB, ofereceu a sigla para Clodoaldo, de olho nos votos que pode alcançar na Zona da Mata, principalmente.
Aí o PSB resolveu repensar a estratégia.
Há quem raciocine, por exemplo, que se o hoje socialista for para outro partido, leva a maior parte dos votos com ele e atrapalha até a chapa majoritária.
Há também quem pense que no PSB fica mais fácil atrapalhar ele do que no palanque adversário.
Nessa matemática também há um pouco de maldade.