A eleição brasileira tem duas "noivas". Ambas estão pensando se casam ou não. Uma se chama PSD e a outra se chama Republicanos. Alguém pode agora estar lendo este texto e pensando. Mas, e o PSB, o PP, o PL? É simples: já casaram e estão fora do mercado, por enquanto.
O casamento entra no calendário, a infidelidade não. Mas, isso é pra depois.
Por agora, é preciso observar o crescimento das duas legendas na Câmara Federal durante a janela eleitoral. Nos partidos mais orgânicos, como o PT, isso não faz tanta diferença. Quem vira petista precisa ter alguma convicção ideológica. Nos partidos de centro é diferente. O que move os novos filiados é mais a expectativa de poder do que o amor pelas cores partidárias. Depois de PL e PP, já casados com Bolsonaro, o Republicanos e o PSD foram as siglas que mais cresceram.
O Republicanos saiu de 30 para 46 deputados. O PSD saiu de 35 para 44. Não foi por acaso que, na semana passada Bolsonaro se esforçou tanto para atrair o Republicanos e Lula se esforçou e ainda se esforça para levar o PSD com ele.
O atual presidente teve mais sorte que o ex-presidente. O Republicanos ficou na base bolsonarista, mas liberou vários estados, inclusive Pernambuco. Foi um noivado, sem casamento.
Lula ainda tenta convencer Gilberto Kassab (PSD) que insiste em ter candidato próprio. Está longe de marcar o casório.
No equilíbrio dessa campanha, esses partidos terão protagonismo. É bom observar.