Simone Tebet (MDB) cresceu 100% nas pesquisas. Seria algo animador para o mundo fora da polarização entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL), se isso não significasse que ela saiu de 1% para 2%.
Está muito no início, mas o desafio da senadora que está para assumir a posição de representante do “centro democrático” caso o PSDB decida por apoiá-la, está entre o difícil e o impossível.
Analistas políticos e estrategistas, debruçados sobre pesquisas, apontam que a polarização é algo sem volta e tem uma força de atração muito pesada. Na prática, não haverá oxigênio suficiente fora do maniqueísmo bolsolulista.
E, sem oxigênio, tudo definha, nada floresce.
Um desses estrategistas, em conversa com a coluna, aposta que Ciro Gomes (PDT), por exemplo, deve “derreter” até 4% ou 5% com a aproximação da campanha. E Tebet, caso vá até o fim, deve estacionar na faixa dos 3% ou 4%.
Não é por falta de empenho ou capacidade dos candidatos. É falta de oxigênio na atmosfera mesmo.
O cenário, para estes analistas, está longe de restar definido entre Lula e Bolsonaro. Qualquer um dos dois pode vencer a eleição, apesar do que dizem pesquisas quantitativas apontando vantagem grande de Lula.
Mas, a chance de um deles vencer a disputa já no primeiro turno é cada vez maior. O pleito pode acabar já no início de outubro, sim.