É frequente vermos exemplos de males que vem pro bem ao longo da História. É curioso ver como os erros de Dilma Rousseff (PT) e de Lula (PT), ou provocando interferência ou permitindo subtração, transformaram a Petrobras em algo que nenhum presidente consegue interferir e tem mais dificuldade para subtrair.
Chega a ser engraçado ver Lula, hoje, falando sobre a “função social” da Petrobras e dá uma certa pena ver Bolsonaro acreditando que pode baixar os preços da empresa para garantir a própria reeleição.
Desde que Dilma interferiu nos preços para se reeleger e desde que a “função social” de Lula se mostrou uma grande distribuição de renda entre amigos ricos, a empresa se organizou, se estruturou e criou mecanismos que evitam essas "atividades".
Bolsonaro
O aumento deste sábado, anunciado já na sexta-feira (17), de até 14% no caso do Diesel e de 5% na gasolina, é um recado para o atual presidente que já trocou gente do conselho, já mudou a indicação da presidência da empresa e já chamou os aumentos da empresa de “estupro”.
O que a Petrobras está dizendo é: “você não manda aqui”.
O preço está muito alto, os valores têm pressionado a inflação, medidas precisam ser tomadas na economia para aliviar o impacto. Mas, além da gritaria cheia de adjetivos do presidente, o que está sendo feito?
Alguém tem ouvido falar em Paulo Guedes?
Não poder usar a Petrobras obriga o presidente e seus ministros a governar. Essa é a dificuldade.
Lula
O que será divertido? Ver Lula, caso seja reeleito, tendo que lidar com os mecanismos de segurança que foram criados para evitar o que ele e Dilma fizeram ao longo dos últimos anos, trazendo prejuízo à empresa em troca de benefícios eleitorais.
Resistir a Bolsonaro agora é muito importante como um treino, como uma preparação da Petrobras para enfrentar, no futuro, se for a escolha da população, a sanha de quem só soube governar pondo a empresa entre a vida e a morte no passado.