Paulo Câmara (PSB) precisou “ir buscar” Lula (PT) no Rio Grande do Norte. O governador estava lá para um evento da colega Fátima Bezerra (PT) e aproveitou para convidar o ex-presidente, outra vez, a visitar Pernambuco com Danilo Cabral (PSB).
Lula, mais uma vez, prometeu que vem. Agora, o prazo é julho.
O ex-presidente já desmarcou visitas e chegou a brincar com Alckmin (PSB) que era melhor o vice viajar para cá sozinho, porque ele não queria se meter na confusão local entre Marília Arraes (SD) e Danilo.
Na última semana, esse desejo de, por enquanto, passar longe de Pernambuco ficou muito evidente.
O ex-presidente contornou o estado governado por Paulo em sua agenda, literalmente. Foi ao Rio Grande do Norte, foi a Sergipe e, de saída, saltou até Alagoas.
A questão é que uma visita, agora, seria por Danilo. Mas, a visita em julho já aconteceria de qualquer maneira. Os petistas programam um “retorno às origens” no início da campanha. É simbólico. Lula vai a Garanhuns, visita a casa em que nasceu e foi reconstruída para turismo. Fala ao povo de seu estado natal e parte para a campanha.
A visita de Lula será para a campanha de Lula, não para a de Danilo. Tem diferença? Tem, muita. Porque se o objetivo é dar o start na própria campanha, até Marília, de um partido aliado nacionalmente, poderá estar presente, porque todas as dificuldades com o PSB em outros estados vão estar superadas.
É “palanque duplo” que chama?