Marília Arraes (PT) escolheu Anderson Ferreira (PL) como alvo durante a visita de Bolsonaro (PL). Fez críticas às irregularidades cometidas pelos dois durante uma motociata.
A estratégia é bem clara: assumir a posição de “o outro lado”, quando a polarização nacional tomar conta do estado.
O que deve acontecer, invariavelmente.
Quem estiver contra Bolsonaro, será o nome de Lula (PT) em Pernambuco.
Quanto mais identificado Anderson estiver com o bolsonarismo, mais a sua contraparte será identificada com o lulismo.
Isso cria uma situação curiosa: por causa da rejeição a Bolsonaro, no cenário atual, o ex-prefeito de Jaboatão dificilmente venceria um 2° turno. Mas ele pode “escolher” seu adversário. Basta brigar com ele.
Quem for identificado como “inimigo” de Anderson, receberá votos lulistas.
Falando à coluna, um membro da equipe de Anderson admite que o melhor candidato para ser enfrentado no 2° turno é Danilo. “Seria mais fácil, pelo desgaste do governo atual”, diz.
Apesar de ninguém jogar por derrota, o dilema é que perder para Danilo significaria seguir na oposição. E com Marília haveria melhores chances de aproximação no poder e até de uma aliança.
Sem esquecer que o próprio Anderson pode se tornar favorito e vencer a eleição se a conjuntura emocional da campanha mudar.
Sem esquecer que há outros dois candidatos competitivos nesse enredo, Miguel Coelho (UB) e Raquel Lyra (PSDB), que também podem avançar.