Nas bolsas de apostas informais da campanha em Pernambuco é forte a ideia de que Anderson Ferreira (PL) estará no segundo turno impulsionado pelo forte voto evangélico e bolsonarista.
Também é forte o argumento de que ele vai à etapa seguinte, mas tem poucas chances de vencer, por causa da rejeição bolsonarista.
Há, porém, um cenário em que ele pode crescer, resistir e vencer.
A melhor chance dele virar governador é entender que sua solução no 1° turno é Bolsonaro e seu problema no 2° turno também é Bolsonaro.
Se Anderson passar de fase em Pernambuco e Bolsonaro não conseguir o mesmo nacionalmente, o caminho se abre para o ex-prefeito de Jaboatão.
Se não tiver que pedir votos para o presidente no segundo turno, a transferência de rejeição, que existe, será bastante amenizada. A rejeição é o principal fator em uma eleição de segundo turno.
Basta lembrar que Marília Arraes, em 2020 no Recife, foi atacada e ligada à corrupção do PT para que tivesse a rejeição ampliada. A campanha de João Campos (PSB), praticamente, não pedia votos para ele, mas provocava para que o eleitor evitasse ela.
Se a rejeição é o mais importante numa disputa como essa, poder se afastar de Bolsonaro, que amarga mais de 60% de rejeição no estado, acaba sendo positivo.
Não é fácil, mas é um cenário em que a eleição de Anderson se torna possível.