O PT está querendo reunir integrantes do MDB, do PDT e de outras siglas para discutir um pacto de paz e evitar conflitos na eleição.
Alguém poderia, por favor, apontar o momento em que apoiadores de Ciro Gomes (PDT) ou de Simone Tebet (MDB) entraram em confronto com adversários?
A ideia dos petistas é tão sem sentido que chega a fazer graça. Bolsonaro (PL) e Lula (PT) brigam e o PT quer fazer as pazes com Ciro e Tebet.
É como se os jogadores dentro do campo de futebol, após se estapearem, resolvessem fazer as pazes com o gandula e não entre eles.
Se o PT não chamar o PL para conversar, mesmo que seja em ambiente controlado e mediado pelo TSE, por exemplo, não adianta de nada fazer pacto de paz com o MDB e o PDT.
E, talvez, nem com o PL isso seja efetivo. O que mais se repete nesse período pré-eleitoral é o PL orientar Bolsonaro a fazer alguma coisa e ele fazer o contrário. Até com o PL, corre-se o risco de estar fazendo as pazes com o técnico do time que, na verdade, não tem nenhum controle sobre os jogadores.
Eu sei que você, agora, está pensando: “esse colunista acredita que é possível Lula e Bolsonaro sentarem juntos ao redor de uma mesa para fazer um pacto de paz?”.
Você tem razão, é algo praticamente impossível.
E isso é gravíssimo.
O PT tem repetido que não vai chamar o PL, porque Bolsonaro é a fonte da violência. É o bom e velho: “foi ele quem começou”, tão comum em discussões infantis (não por acaso).
Se um presidente e um ex-presidente da República não conseguem sentar para ter uma conversa civilizada e civilizadora, temos o inconteste sintoma de que o bem do país é a última coisa que importa para ambos e não vale sacrificar o orgulho por isso.
Preocupação com violência? Bom, a tendência é piorar.