As convenções do próximo fim de semana serão as confirmações das chapas, mas ainda não são um caminho sem volta do ponto de vista jurídico. O prazo para que os eventos sejam realizados é 5 de agosto, mas o registro das chapas acontece até o dia 15. Até lá, mudanças ainda podem acontecer, embora com menos margem política.
Serão, dali por diante, 45 dias de campanha.
Nesse período, os candidatos terão um teto para gastar, de acordo com a Lei Eleitoral e com a disponibilidade de cada partido. Chama a atenção a promessa que foi feita pelo PSDB e que o presidente nacional, o pernambucano Bruno Araújo, manteve até agora: vai disponibilizar o teto para Raquel Lyra (PSDB): R$ 11,5 milhões. Caso ela vá ao segundo turno, haverá mais R$ 5,7 milhões.
Caso a promessa seja cumprida, pode dar novo fôlego à campanha da ex-prefeita de Caruaru. O dinheiro servirá para dar estrutura à divulgação e realizar o guia eleitoral da candidata. A expectativa é que isso possa mantê-la competitiva até a votação, em outubro.
O repasse do teto pelo PSDB ficou mais fácil depois que João Doria (PSDB) foi pressionado a desistir da campanha de presidente. Apoiando Simone Tebet (MDB), além de ter menos rejeição agregada, as candidaturas ao governo conseguem a liberação de recursos que, antes, estariam reservados para a campanha presidencial.
Senador
A escolha dos candidatos ao Senado também é algo importante, mesmo em chapas nas quais o candidato tem pouca densidade eleitoral. Nomes apresentados apenas para não deixar o espaço vago, por mera formalidade, também terão direito a receber o teto para o cargo, caso o partido consiga repassar o valor: R$ 4,4 milhões.
Deputados e presidente
Candidatos a deputado federal terão direito a gastar até R$ 3,1 milhões com as campanhas deste ano, segundo o Tribunal Superior Eleitoral.
Candidatos a deputado estadual podem gastar até R$ 1,2 milhão. E candidatos a presidente, terão teto de até R$ 133 milhões em dois turnos.