O novo ministro pernambucano, Silvio Costa Filho, está fazendo seus sacrifícios e cumprindo à risca tudo o que manda o protocolo e as orientações dos envolvidos em relação a sua entrada como ministro no governo Lula (PT). O comportamento de Silvio, aliás, tem sido visto como sinal de compromisso com o governo e com o seu partido, o Republicanos.
Sem guerra
Primeiro, foi orientado a se licenciar da direção do Republicanos em Pernambuco, onde é presidente estadual. A sigla quer sustentar a tese de que a escolha do deputado foi uma decisão pessoal do presidente Lula e não uma indicação partidária. A ideia é ter argumentos para segurar os filiados de oposição.
Respeito
Depois, tem mantido absoluto silêncio ao ter entrevistas solicitadas para falar sobre o ministério que vai assumir, Portos e Aeroportos.
A medida é em respeito ao atual ministro da pasta, Márcio França (PSB), que está saindo para ocupar um ministério de Micro e Pequenas Empresas e não ficou muito satisfeito com a mudança no início.
Aliado
Esses movimentos têm surtido efeito. Por um lado, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), oposicionista e muito ligado a Bolsonaro (PL), declarou que não vê problema em ter Silvio no governo e, pelo contrário, “considera que terá um aliado em Brasília”, o que é bom para seu estado.
Boa relação
Na outra ponta, a discrição de Silvio na transição com Márcio França facilita a relação dele com o PSB, partido do qual é aliado no Recife, sendo próximo de João Campos (PSB) na prefeitura.
Articulado
O novo ministro se destacou ao longo dos últimos anos na articulação dentro do Congresso. Ele tem uma relação muito boa com Arthur Lira (PP), presidente da Câmara, e também com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD).
Além disso, mesmo licenciado do partido, acredita-se que pode negociar muitos votos para o governo dentro do Republicanos.
Nem precisava
Comentário de uma fonte em Brasília sobre a delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro: “A Polícia Federal já tinha muita informação extraída dos celulares apreendidos até agora. O aparelho do advogado dos Bolsonaro, Wassef, é uma festa. E o de Cid também”.
Mas, obrigado!
Mesmo assim, Cid poderá entregar detalhes e acelerar o processo de investigação e conclusão do inquérito, contando tudo o que sabe do período em que trabalhou para o então presidente da República.
Por isso, sua delação deve ser homologada.
Cooperativismo
A Alepe instala, na próxima terça-feira (12), às 17h, a Frente Parlamentar em Defesa do Cooperativismo.
O deputado estadual Waldemar Borges, autor do requerimento que deu origem ao colegiado, será o coordenador-geral da Frente.