A Câmara dos Deputados é um dos locais mais propícios para eventual propagação nacional do coronavírus, mas servidores em viagem para regiões de alta incidência da doença, no exterior, estão indignados com tratamento da Casa. Grupo de doze servidores que estava na França, perto da Itália, entrou em contato com seus empregadores sobre o que pode ser feito para garantir-lhes o retorno. A Câmara ignorou os seus. Enfurnados em salas e corredores sem ventilação natural, servidores, deputados e visitantes são alvos fáceis para espalhar o vírus pelo país. A Câmara diz que houve um pedido de orientação “pelo canal errado”, mas, liberada pela Anvisa, a servidora não apareceu para avaliação. Apenas quando a chefia entrou em ação, o departamento médico da Câmara falou do protocolo do Ministério da Saúde e se dispôs a ajudar.
Apontada como solução para todos os males, a Reforma Administrativa do governo será apenas a “Reforma Não Mexa no Meu”, que adiará os próprios efeitos por décadas, talvez meio século, a fim de preservar as vantagens e mordomias que deveria extinguir. A rigor, a reforma será definida pela elite de servidores que influencia a posição de ministros de Estado, de parlamentares e de ministros do Supremo. A bola de ferro no calcanhar do Brasil continuará: ninguém abre mão de regalias. Bolsonaro afagou os ouvidos até da pelegada que se opõe a ele: a reforma só vai afetar quem ainda não ingressou no serviço público. Os “direitos adquiridos” serão alegados para manter auxílios moradia, babá, paletó, gasolina, avião, alimentação... O País que se exploda. Empacou a versão inicial da reforma do ministro Paulo Guedes porque era o que precisa ser feito. Quase provocou infarto coletivo no Planalto. O projeto de reforma empacou porque Paulo Guedes se recusa a participar do esforço de construir montanha para parir um rato.
O presidente Jair Bolsonaro não compartilhou com seus advogados eleitoralistas quaisquer provas de fraude no primeiro turno da sua eleição de 2018. “Se ele as tem, precisa apresentar”, disse um deles.
A comissão no Congresso que analisa a MP Verde e Amarela, texto do governo para modernizar relações do primeiro emprego, deve votar hoje relatório que cria a lei abarrotada de emendas de parlamentares.
Segundo o boletim Economia em Foco, da Confederação Nacional do Transporte, de 2009 a 2019 foram gastos R$ 156 bilhões com acidentes. Mas nesse período, acidentes com vítimas caíram 8,4%.
De acordo com estudo da CNT com dados da Polícia Rodoviária Federal, quando o mato cobre totalmente as placas de trânsito, o risco de morte é quase 2 vezes maior do que na situação mais segura.
“Conseguiram fazer uma crise da queda do preço do petróleo”, presidente Bolsonaro ao afirmar que há muita “fantasia” na crise divulgada na mídia.
O Barômetro Global Coincidente da FGV caiu 14,4 pontos em março; de 92,4 pontos para 78,0 pontos. E o levantamento ainda não leva em consideração a propagação da epidemia para além da Ásia. A média histórica do índice da economia mundial é de 100 pontos.
Após 70 fases em seis anos, a operação Lava Jato realizou 1.343 buscas e apreensões, 130 prisões preventivas, 163 temporárias, 118 denúncias, 500 acusados, 52 sentenças e 253 condenações (165 nomes únicos). No total já foram 2.286 anos e 7 meses de penas.
*Cláudio Humberto assina coluna diária no Jornal do Commercio