Março termina, mas, mesmo sem os dados da vacinação de hoje, é possível afirmar que o mês mais mortal da pandemia também comprovou a capacidade de estrutura e logística brasileira para grandes campanhas de imunização. A chegada de insumos para as vacinas levou o Brasil a mais que triplicar o ritmo da vacinação, passando de uma média de 205 mil doses diárias para 694 mil, alta de 238% segundo o vacinabrasil.org. O ritmo atual de vacinação já é melhor que o do elogiado Reino Unido. Só ficamos atrás de EUA, Índia e China no número de aplicações diárias. Em números totais, o Brasil havia aplicado exatas 8.465.403 doses até o dia 28 de fevereiro e fechou o dia de ontem com mais de 22 milhões. A meta de um milhão de doses, criada pelo ministro Marcelo Queiroga (Saúde), quase foi batida. O recorde foi na segunda (29), com 937.150. O número de doses disponibilizadas aos estados chegou a 35 milhões, das quais 29 milhões já foram distribuídas para aplicação na população.
A antecipação da aposentadoria do ministro Marco Aurélio para 5 de julho instalou em Brasília as discussões sobre candidatos à sua vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Entre os nomes mais citados estão André Mendonça, que deixou esta semana o Ministério da Justiça para reassumir a chefia da Advocacia Geral da União (AGU), o também “terrivelmente evangélico” Humberto Martins, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e seu antecessor João Otávio de Noronha. Neste momento, a maior parte das apostas aponta para o ministro Humberto Martins como o favorito à vaga de Marco Aurélio.
André Mendonça pode ficar para a próxima: Bolsonaro precisa do seu acesso ao STF para defender as demandas de interesses do governo.
O ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva tinha 10 anos de idade quando derrubaram João Goulart, em 1964. Seu substituto, general Braga Netto, 7. Mas é como se tivessem liderado a quartelada.
Noronha não é amigo pessoal Bolsonaro, que já declarou sua admiração pelo ex-presidente do STJ. Foi “amor à primeira vista”, definiu.
Moderada, a Ordem do Dia sobre 31 de março de 1964, a primeira do novo ministro da Defesa, Braga Netto, frustra a curiosa expectativa dos que insistem na fantasia de “golpe” de quem venceu as eleições.
Notícias sobre militares, como troca de comando de ontem, costumam provocar calafrios e reações que trocam os fatos pelo preconceito, como se os militares de 1964 ainda estivessem no comando.
Após o início da campanha de vacinação contra a covid, a internação de idosos entre 85 a 89 anos diminuiu 24,1% em São Paulo, segundo levantamento da Rádio Bandeirantes.
O movimento de 1964 é parte da trajetória histórica do Brasil” - Ministro Braga Netto (Defesa) sobre os 57 anos da deposição de João Goulart