Uma manobra na Câmara tenta implementar um sistema de identificação de veículos por meio de mais uma troca das placas veiculares, o que geraria novos gastos para todos os motoristas e lucro milionário para as empresas envolvidas. A ideia é incluir a mudança em um projeto de lei já aprovado no Senado para obrigar os motoristas a se adequarem à nova tecnologia proposta para criação de um sistema de "pedágio free flow". A pretexto de fazer cobrança por distância percorrida, alegando ser "mais justo", abre-se a brecha para monitorar por onde o motorista trafega. O relator, deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ), confirmou a proposta do novo sistema, mas alega que caberia ao Contran a regulamentação. Depois de uma morosa e ainda incompleta implantação das placas do Mercosul, o lobby tem atuado forte para garantir outra bolada bilionária. Na Câmara, atribui-se o forte lobby às entidades de empresas de emplacadores e também à empresa austríaca dona da tecnologia.
O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), deputado Carlão Pignatari (PSDB), decidiu retirar de sua gaveta duas CPIs propostas pelo PT, com apoio do PSL, contra conhecidas suspeitas de maracutaia. A CPI da Dersa, destinada a investigar um dos mais conhecidos focos de corrupção dos governos tucanos, e a CPI dos Benefícios Fiscais, sobre outras denúncias escabrosas, devem ser instaladas em duas semanas. As CPIs estão prontas desde fevereiro. Na Alesp, oposição acha que João Doria deu ordens Pignatari para não instalar as CPIs, que se sabe como começam, nunca como terminam. Os deputados nem sequer conseguiam conversar com Carlão Pignatari, que é ligado ao governador João Doria, para cobrar as CPIs. Até a assessoria alegou não ter acesso a Pignatari para responder aos questionamentos da coluna sobre a demora na instalação das CPIs.
O presidente da Câmara é Arthur Lira (PP-AL), mas, relator da reforma tributária, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) o "peitou", ignorando a orientação de "fatiar" o relatório. Como em política manda quem pode, Lira desfez a comissão. E Ribeiro perdeu o tempo gasto e os holofotes da relatoria.
Aguinaldo Ribeiro sempre rivalizou com Arthur Lira no PP e no centrão. Derrotado outra vez na pretensão de presidir a Câmara, ele se bandeou para o lado de Rodrigo Maia para tentar derrotar Lira. Perdeu de novo.
Em seu Twitter, o então ministro Mandetta, hoje tão esquecido, anunciou em 25 de março de 2020 a distribuição aos estados de 3,4 milhões de unidades Cloroquina e Hidroxicloroquina. Agora finge que era contra.
O desmemoriado Mandetta atacou Paulo Guedes (Economia) na CPI, mas, em 3 de abril de 2020, ainda ministro, celebrou "mais recursos" no Twitter: "já são R$14,3 bilhões de acréscimo ao orçamento da Saúde" destinados exclusivamente ao combate à covid. E era só o começo.
José Nelto (Podemos-GO) denunciou ontem que a comissão da Reforma Eleitoral discute "a toque de caixa" a volta do financiamento eleitoral privado, aquele que gerou escândalos como Mensalão e Lava Jato.
Principal candidato do PSDB ao governo de São Paulo em 2022, Geraldo Alckmin tem um curioso recorde: é o único candidato a presidente na História que teve menos votos no segundo turno que no primeiro, em 2006: 39,9 milhões contra 37,5 milhões.
"Não vamos subir em cadáveres para fazer política" Ministro Paulo Guedes (Economia) propondo união para construir o futuro do Brasil.