O novo Bolsa Família passará de R$ 196 para no mínimo R$ 300 e isso preocupa oposição de Bolsonaro

Ninguém assume publicamente a articulação, por ser antipática aos eleitores, mas é forte o temor de opositores de que o aumento do benefício, que pode até mais que dobrar, para R$ 400, pode tornar viável a reeleição do presidente Jair Bolsonaro, em 2022
Cláudio Humberto
Publicado em 11/08/2021 às 6:48
Governo planeja furar teto de gastos para pagar auxílio de R$ 400 Foto: MARCOS SANTOS/USP IMAGENS


Oposição contra aumento

A oposição se articula para tentar impedir o aumento do valor médio do Auxílio Brasil, nova denominação do Bolsa Família, que passará dos atuais R$ 196 para no mínimo R$ 300. Ninguém assume publicamente a articulação, por ser antipática aos eleitores, mas é forte o temor de opositores de que o aumento do benefício, que pode até mais que dobrar, para R$ 400, pode tornar viável a reeleição do presidente Jair Bolsonaro, em 2022. A "ordem" é impedir o aumento a qualquer custo. Para não ficar mal, a oposição pretende acionar parceiros do "mercado" contra "irresponsabilidade fiscal" ou o risco de "furar o teto de gastos". Se perder a votação no Congresso, como é provável, a oposição conta com a "simpatia" do Supremo Tribunal Federal (STF) à sua causa. O aumento foi tema de conversa, por exemplo, do presidente do PDT com o ex-senador Roberto Requião, ao convidá-lo a se filiar ao partido. Políticos do PDT dizem que Carlos Lupi, chefe do PDT, vê iminente o esvaziamento abrupto da pré-candidatura de Ciro Gomes a presidente.

Brasileiros: 115 mi já vacinaram

O País tem motivos para comemorar. A uma semana de a campanha nacional de imunização contra a covid completar sete meses, o Brasil vai atingir a marca de 115 milhões de habitantes vacinados com ao menos uma dose de imunizante. Foram aplicadas, em média, mais de 22 milhões de doses no braço no brasileiro por mês desde 17 janeiro. Canadá e Espanha são os países que mais aplicaram doses de vacinas, em relação às populações. Somados não chegam às doses do Brasil.

Calma

O ex-ministro da Defesa de Dilma (PT) Aldo Rebelo lembrou que os exercícios militares de Formosa são realizados há 34 anos e chamou de coincidência os blindados em Brasília em dia de votação. Ainda assim, a culpa sobrou para Bolsonaro e seu "uso político" das Forças Armadas.

Todos usam

O chamado "uso político" dos militares por Jair Bolsonaro também é carapuça que serve a seus opositores, que sempre citam fantasias sobre "ameaças de golpe" para desgastar o chefe de governo.

Visão torta

A Grécia ontem ardia em 600 incêndios florestais e no fim de semana a Itália lutava contra 800 focos. Muito compreensiva, a imprensa atribui os incêndios às "mudanças climáticas" e não a governantes irresponsáveis.

Velho conhecido

Acusado de assediar funcionárias do seu gabinete, Andrew Cuomo saiu para não ser expulso do governo de Nova York. Foi ele quem negou - a pedido de políticos de oposição no Brasil - espaço público para uma homenagem de empresários americanos ao presidente Jair Bolsonaro.

Ainda no Z-4

O Amapá de Randolfe Rodrigues deixou a lanterninha do ranking estadual da imunização contra covid. Após meses com o pior resultado no Brasil, superou o Pará em primeiras doses: 38% contra 37,7%.

11 de agosto

Este 11 é o Dia do Advogado. Alunos do Largo do São Francisco, em São Paulo, criaram a tradição do "Dia do Pendura" para marcar a data, aplicando calote em restaurantes. Daí a origem, hoje, do Dia do Garçom.

Frase

"Militares com a Constituição são aqueles que estão em silêncio" - Aldo Rebelo, ex-ministro da Defesa do governo Dilma Rousseff, sobre a política atual

 

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