O presidente Jair Bolsonaro chutou o pau da barraca, mais uma vez, ao xingar de "canalha" o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o inimigo que presidirá o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições de 2022. Bolsonaro mirou em Moraes e de novo acertou no STF, afirmando que não acatará decisões do ministro. A declaração dá o mote para um novo pedido de impeachment. Ele está convencido de que Moraes estaria prestes a, monocraticamente, determinar medidas restritivas contra o presidente da República. O presidente sabe que nenhum brasileiro tem o direito de descumprir decisões judiciais, sob pena de outra acusação: crime de desobediência. O discurso de Bolsonaro na Avenida Paulista foi mesmo "mais robusto" que o de Brasília, mais cedo, mas só por xingar o ministro do STF. Bolsonaro pretende que Moraes arquive inquéritos contra seus aliados, mas sabe que não pode exigir isso. O juiz é senhor dos seus processos.
O texto de 898 artigos do novo Código Eleitoral, que deve ser aprovado nesta quarta-feira (8) na Câmara, afrouxa as regras de fiscalização, controle e moralidade eleitoral. "Se um partido receber R$ 100 milhões e tiver R$ 20 milhões de incompatibilidade, não terá conta rejeitada, de acordo com o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP). "Muitas vezes, tem mau uso milionário e vai receber multa de apenas R$ 30 mil", exemplificou. Marcel van Hattem (Novo-RS) concorda que o texto meio que garante impunidade a quem fizer mau uso do Fundo Eleitoral, por exemplo. Joenia Wapichana (Rede-RR, foto), como os colegas, também questionara dispositivos que flexibilizam até mesmo a punição para compra de votos. "O parlamentar só pode ser cassado se a compra de votos for com uso de violência" diz Wapichana, que vê o processo eleitora fragilizado.
O "grito dos excluídos", há anos aparelhado pelo PT e seus puxadinhos, ontem em Brasília e na maioria do País fez jus, no máximo, a um cochicho, talvez sussurro.
Durante semanas difundiram a mentira de que haveria "violência" nas manifestações do dia 7, mas nada houve. Em Brasília, com mais de 400 mil na Esplanada dos Ministérios, não se registrou qualquer ocorrência.
No íntimo, opositores torcem para que nada aconteça a Bolsonaro, pois temem o vice Hamilton Mourão, que, embora carente de votos, é estrategista muito mais frio e intelectualmente mais preparado.
Delegado Fabrício Oliveira (PSB-SC) fez revelação surpreendente sobre riscos envolvidos na profissão. Segundo ele, um policial do Rio tem 725 vezes mais chances de morrer que um soldado americano em conflito.
Com o dinheiro curto, a busca por investimentos seguros e rentáveis só aumenta. Segundo o consultor Paulo Cunha, a alta na Selic deve levar a uma grande migração das aplicações em renda variável para renda fixa.
A Colômbia não tem mais proibições em relação à entrada de turistas brasileiros no país, nem exige exame negativo. A proibição da entrada de brasileiros na Venezuela durante a pandemia parece não ser problema.
"Não quero ruptura entre os Poderes" - Presidente Jair Bolsonaro em discurso na Esplanada dos Ministérios no 7 de setembro.