Estatal federal virou fábrica de privilégios no Espírito Santo

A Codesa (Cia das Docas do Espírito Santo) cumpre apenas um papel: demonstrar como é irrelevante, como tantas outras estatais federais que sugam dinheiro do bolso de quem paga impostos
Cláudio Humberto
Publicado em 22/01/2022 às 7:00
Fábrica de privilégios com dinheiro alheio, a Codesa não justifica a sua existência Foto: CODESA/DIVULGAÇÃO


A Codesa (Cia das Docas do Espírito Santo) cumpre apenas um papel: demonstrar como é irrelevante, como tantas outras estatais federais que sugam dinheiro do bolso de quem paga impostos. Fábrica de privilégios com dinheiro alheio, a Codesa não justifica a sua existência, mas se esmera no pagamento de salários de até R$58.255 mensais, além de adicionais por tempo de serviço em percentuais vexatórios. Está tudo do "Relatório de Benefícios" das estatais, do próprio governo. A Codesa dá adicional de férias de 50%, complementa aposentadoria e auxílio-doença, dá empréstimo de férias, seguro de vida... uma farra. Malandramente, a Codesa paga Auxílio-Babá e também, com nosso dinheiro, distribui Auxílio-Creche, que somam R$1.480,32 mensais. Metendo a mão no nosso bolso, a Docas do Espírito Santo ainda gasta dinheiro público pagando treze Auxílios-Alimentação de R$1.136,79. Relatório da Secretaria de Governança das Estatais deveria ser lido por todos que pagam a conta. Mas, atenção: é quase leitura pornográfica.

Dois meses

A onda da ômicron na África do Sul, País de origem da variante, já dura 58 dias. Desde o início, no final de novembro, o país registrou pico de 38 mil novos casos em 12 de dezembro, número que cai desde então.

Baleia na Lua

O fracasso subiu à cabeça do deputado Baleia Rossi (SP), presidente do velho MDB, hoje em seu período mais irrelevante. Ele disse ontem que a candidata do MDB, Simone Tebet, vai bombar nas presidenciais.

Tensão

O Comando Sul do Exército da China anunciou haver expulsado navio dos EUA (que negam tudo) de águas do país, próximas à Ilha Paracel. E ainda ameaçou "consequências sérias de eventos imprevisíveis".

Frase

"Que Deus a acolha em sua infinita bondade"

Presidente Bolsonaro lamenta o falecimento de sua mãe, d. Olinda, aos 94 anos

Brumadinho: ninguém na cadeia

A associação dos familiares das vítimas da barragem de Brumadinho (Avabrum) lembra que a tragédia na região completa seis anos no próximo dia 25, e ainda luta pela "responsabilização efetiva dos responsáveis pelos crimes cometidos pela Vale e Tüd Süd contra a vida de 272 pessoas". Apesar de acordos para reparos e indenizações, nenhum executivo das empresas dorme atrás das grades e a gigante Vale continua registrando recordes seguidos de lucros bilionários. "A única forma de reparação que vai representar a vitória da justiça contra a impunidade", disse a associação das vítimas. Os familiares das vítimas pretendem trabalhar "para que nunca mais aconteça tamanha negligência com a vida humana". Até hoje, quase seis anos depois, seis mortos pelo rompimento da barragem da Vale de Brumadinho continuam desaparecidos.

Aceno à direita

Ao lançar sua candidatura, Ciro Gomes (PDT) elogiou o regime militar, mas sem a coragem de explicitá-lo, ao lembrar que em 1980 a renda dos brasileiros era superior à chinesa, e que hoje não passa dos 79%.

Lorota

Ciro Gomes também tentou bajular a esquerda ao afirmar que a economia brasileira estagnou "de dez anos para cá". Esqueceu as 15 milhões de pessoas que perderam o emprego nos governos do PT.

Sonho?

Ainda não passa de plantação e fofoca de que supostas "resistências" levariam o ex-juiz Sergio Moro a trocar o Podemos pelo União Brasil, fusão do DEM com o PSL. Só no DEM, a Lava Jato teve sete alvos.

Holofote

O interesse por Lula continua abaixo do interesse por Jair Bolsonaro no Google Trends, que avalia buscas na internet. A exceção foi em março de 2021, quando o STF anulou as condenações do ex-presidiário.

Precisa

Ao explicar não ser necessária a 4ª dose de vacina contra a covid, Kate O'Brien, diretora da OMS, disse que "pessoas de alta prioridade (grupos de risco etc.) têm que tomar três doses e uma adicional".

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claudio humberto Coluna Assinante estatal
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