Coordenador de campanha, Maia não ajuda o candidato Doria

O "coordenador Maia" tem sido criticado por tucanos leais a Doria pela incapacidade de articular a neutralização da trama contra o candidato
Cláudio Humberto
Publicado em 24/02/2022 às 9:06
Pré-candidato à presidência pelo PSDB, João Doria Foto: ISAC NÓBREGA/PR


Com dificuldades de impulsionar a campanha presidencial, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), tem tropeçado nas más escolhas que fez, mas nenhuma foi pior que a do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia para a função de coordenador de campanha. Apesar de toda a propalada experiência, Maia não agiu para criar uma saída honrosa para Doria, como disputar a reeleição, até pelo bom governo que faz, como reconhecem até os adversários, ou a vaga de senador por São Paulo. Doria também enfrenta o risco da conspiração de velhos tucanos, que ele derrotou nas prévias, para impedir sua candidatura. O "coordenador Maia" tem sido criticado por tucanos leais a Doria pela incapacidade de articular a neutralização da trama contra o candidato. Doria deveria ter lembrado que Maia desistiu da candidatura a deputado, no Rio, por falta de votos. E pela quase certeza de derrota humilhante.

Bolsonaro se aproxima

Novo levantamento Futura/ModalMais divulgado nesta quarta-feira (23) ligou o sinal de alerta no campo petista: praticamente empatado com Jair Bolsonaro (PL) e até atrás do presidente, o ex-corrupto Lula (PT) parece ter "batido no teto", segundo avaliam especialistas em pesquisas. A tendência de crescimento de Bolsonaro e a queda de Lula foram observadas em todos os últimos levantamentos divulgados nas últimas duas semanas. Na pesquisa espontânea Futura, Bolsonaro aparece com 34,3%, contra 33,3% do petista. Na estimulada, Lula lidera por pouco: 35% a 34,7%. Na pesquisa XP/Ipespe realizada em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, Lula lidera por 8 pontos (estimulada) e 6 pontos (espontânea). No levantamento CNT/MDA, Bolsonaro cresceu quase três pontos, enquanto Lula perdeu cerca de meio ponto em relação a dezembro. Segundo o PoderData da semana passada, a diferença entre Bolsonaro e Lula caiu ainda mais: 5 pontos. Agora lidera por nove pontos.

Blindagem

A decisão do ministro Dias Toffoli, do STF, blindando membros do Ministério Público e da Justiça de processos e acusações por crime de prevaricação, caiu como uma bomba durante a posse do ministro Edson Fachin. O tititi foi mais forte que o discurso do novo presidente do TSE.

Como pode?

"Analistas da economia", que só apostam no pior, estão inconsoláveis: a B3, Bolsa de São Paulo, tem
recebido investimentos estrangeiros de mais de R$ 2 bilhões ao dia, em média, e o dólar ontem chegou a
R$ 4,99.

Devagar...

Após sinalizar que priorizaria a reforma tributária no primeiro semestre, o presidente roda-presa do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu... criar uma comissão sobre o assunto com o Supremo Tribunal Federal.

Que horror

Presidente pouco-faz da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP)
avisou que só vai discutir e deliberar a PEC da reforma tributária "após a semana do Carnaval".

Inovador

Levantamento da britânica Innovative Finance mostrou que o Brasil foi o 3º país que mais captou recursos para fintechs, atrás de EUA e Reino Unido. Foram US$ 3,5 bilhões em 2021 mais que o triplo de 2019.

Vacinação

Mais da metade (53,3%) da população brasileira vacinada é composta por mulheres, que receberam mais
de 195 milhões de doses, segundo o Ministério da Saúde. Os homens receberam 170,6 milhões de doses.

Frase

"TSE é carro blindado, mas pode sofrer tiroteios" - Edson Fachin, presidente do TSE, após proibir polícia
e blindados nas favelas cariocas

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