Desde 1999 o Brasil adotou a comercialização de medicamentos genéricos que, por seu baixo custo, tinha o objetivo de facilitar o acesso da população à medicamentos básicos. Mas, mesmo entre os genéricos é possível encontrar uma grande variação de preços entre o mesmo produto.
Foi o que constatou a pesquisa feita pelos fiscais do Procon Pernambuco, na Região Metropolitana do Recife, entre os dias 11 a 13 de julho. O levantamento dos preços dos medicamentos genéricos aconteceu em 16 farmácias, sendo 11 do Recife, três de Camaragibe e duas em Olinda, onde foram pesquisados 26 tipos de medicamentos. De um local para outro, as diferenças de valores chegar a até 570,85%, a exemplo de 75mg/ml de Simeticona. O remédio que é usado para alívio de excesso de gases, em uma farmácia foi encontrado por R$ 13,35, e em outra por R$ 1,99.
ECONOMIA
Outro exemplo na comparação de preço, é do Nimesulida. Doze comprimidos do anti-inflamatório chegam a custar R$12,79 em um local, e R$ 2,59 em outro, apresentando uma diferença de preço de 393,82%. De acordo com o gerente geral do Procon-PE, Pedro Cavalcanti, “a pesquisa de preço do Procon tem o intuito de ser um instrumento para auxiliar o consumidor pernambucano a realizar sua compra com mais economia”.
No levantamento, é possível identificar o preço de cada item por estabelecimento, fornecendo assim ao consumidor, os locais e endereços onde o produto encontra-se com o preço mais acessível. Desta vez, o Procon Pernambuco está disponibilizando duas planilhas de menores e maiores preços, fazendo a comparação com os preços da última pesquisa realizada pelo órgão em abril deste ano.
Desde abril, metade dos medicamentos pesquisados tiveram aumento de preços
Em relação à pesquisa anterior, ficou constatado na planilha de menores preços, que dos 26 medicamentos, em três meses, 13 obtiveram aumento, entre eles estão: o ácido acetilsalicílico (AAS), um analgésico, que uma cartela com 10 comprimidos era encontrado no valor de R$ 0,50, passou para R$ 0,75 (50%). A amoxicilina, um antibiótico usado no tratamento de diversas infecções bacterianas, custava em abril R$ 9,99, e neste mês de julho pode ser encontrado por R$ 13,06 (30,73%).
O Procon-PE informou que os fiscais realizaram a pesquisa sem levar em conta a marca do laboratório fabricante, até porque todos são credenciados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A pesquisa completa está disponível no site do Procon-PE. Basta clicar aqui.