Os professores da Rede Municipal do Recife decidiram, por unanimidade, manter a greve que pede melhorias no salário e nas condições de trabalho. A categoria se reuniu nesta sexta-feira (13), no pátio da PCR.
O Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (SIMPERE) considera esta uma greve que vai entrar para a "história da educação pública municipal". A associação acusa a gestão PSB/PCdoB de executar práticas autoritárias e evitar a negociação com os grevistas.
Nota da Prefeitura do Recife
"A Prefeitura do Recife informa que as negociações com a categoria de professores será restabelecida assim que o movimento de paralisação - considerado ilegal pela Justiça - for suspenso. Nesta sexta (13) a adesão ao movimento paredista continua baixa, já que 88% das unidades de ensino funcionaram total ou parcialmente. A Prefeitura ratifica que mesmo diante da grave crise econômica que afeta as contas públicas em todo o país, propôs o reajuste de 12,84% para toda a categoria, além de reajustar o abono educador, que é pago sempre no mês de outubro, em 9,54%, bem como, caso não haja um acordo até o dia 19 de março, ficará impossibilitada, por força da legislação eleitoral, de conceder quaisquer reajustes."
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Roda de diálogo
De acordo com o sindicato da categoria, na quarta-feira (12), houve uma roda de diálogo dos vereadores que intercederam pelos profissionais com o prefeito Geraldo Júlio (PSB), que teria ordenado o fim da paralisação para que houvesse a reabertura das conversas com a categoria.
Os professores dizem que há um certo impasse da Prefeitura em resolver as questões que estão sendo reivindicadas. "Há muita pressa ao julgar nossa luta por educação pública de qualidade e salário digno com o piso na carreira e pela data-base, enquanto ele mesmo goza de um salário de R$ 34.600", diz o Simpere.
"Geraldo Júlio achou que nos colocaria entre a cruz e a espada, mas o que ele não sabe é que nós temos ampla confiança na força de nossa categoria em greve. Somos mulheres e homens que construímos com nosso suor a educação nesta cidade. Estamos cientes de nossa força e capacidade de mobilização. Nenhum passo atrás! Vamos até à vitória!", conclui a associação.