COLUNA ENEM E EDUCAÇÃO

Professores da rede privada de Pernambuco decretam estado de greve

Categoria reivindica, entre outros pontos, a suspensão das aulas presenciais nas escolas particulares do Estado por causa da pandemia de covid-19

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Margarida Azevedo

Publicado em 13/05/2021 às 16:16 | Atualizado em 14/05/2021 às 13:51
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Docentes das escolas particulares de Pernambuco decretaram estado de greve. A decisão foi tomada durante assembleia virtual realizada na tarde desta quinta-feira (13) pelo Sindicato dos Professores do Estado de Pernambuco (Sinpro-PE). A categoria reivindica, entre outros pontos, a suspensão das aulas presenciais devido à pandemia de covid-19.

"As deliberações ocorreram de forma unitária, dada à justeza da nossa pauta. Nossa defesa é pela vida e pela valorização da categoria", ressalta o presidente do Sinpro, Helmilton Beserra. 

"A decretação do estado de greve mostra nossa insatisfação. A comissão de negociação teve três rodadas com os sindicato patronal, mas a pauta não avançou. Vamos continuar mobilizando e articulando a categoria", complementa Helmilton.

O estado de greve não significa a interrupção das aulas. Para que os docentes deixem de ministrar as aulas tem que haver mais duas etapas, aprovadas também em assembleia: a decretação da greve e depois a deflagração do movimento. Não há data ainda para a próxima assembleia.

A rede privada de ensino de Pernambuco, tem, conforme a Secretaria Estadual de Educação, 462 mil alunos, 2.347 escolas e 30.130 professores.

PAUTA

Segundo o sindicato, os professores apresentaram uma pauta aos donos de escola reivindicando "reajuste salarial, a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho, garantindo todos os direitos da categoria e a regulamentação do ensino híbrido/remoto, que vem sendo vivenciado nas escolas".

Os docentes também denunciaram casos em que há riscos de contágio com a covid-19 nas instituições de ensino que estão com aulas presenciais.

"Diante desse quadro, a categoria decidiu acatar o estado de greve, visando assim, alertar a população pernambucana sobre os riscos que estão presentes nas escolas particulares, bem como, a exigência, quanto às suas demandas, frente às normativas presentes na Convenção Coletiva de Trabalho", esclarece o Sinpro, por meio de nota.

Ainda conforme o sindicato, as negociações com os patrões estão acontecendo, mas sem acordo. 

DONOS DE ESCOLAS 

O presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Pernambco (Sinepe), José Ricardo Diniz, diz que não há muito o que comentar.

"Estamos em pleno período de discussão do dissídio coletivo. Continuaremos nos reunindo semanalmente com as mesas paritárias das duas categorias, patronal e docente, justamente para discutir as cláusulas desse dissídio", afirma José Ricardo. A próxima rodada será terça-feira (18).

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