Em meio às discussões sobre as mudanças do novo Ensino Médio, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Manuel Palácios, declarou que é necessário ajustar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), conforme as necessidades dessa etapa.
O Inep é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC), responsável pela organização e aplicação do Enem. Durante um evento da Associação Brasileira de Avaliação Educacional (Abrave), em Campinas, nesta quarta-feira (31), o presidente disse que “O Enem não pode ser um instrumento congelado”. As informações são do Estadão Conteúdo.
O projeto de lei que será encaminhado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nos próximos dias ao Congresso Nacional, não prevê ainda modificações nas provas do exame nacional. O presidente do Inep lançou um questionamento sobre “qual o prazo mínimo para avisar aos estudantes que o Enem vai mudar?”.
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Para Manuel Palácios, seriam necessários cerca de dois anos, para que os candidatos saibam com “antecedência” o que vai cair nas provas para se prepararem. Mesmo modelo desde 2009, o Enem também precisa estar alinhado à Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Também presente no evento, o presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e secretário de Educação do Espírito Santo, Vitor Angelo, afirmou que “é preciso calibrar as expectativas dos estudantes sobre quando o Enem vai mudar”. Ele reforçou que o Enem precisa refletir o resultado das discussões que têm sido realizadas pelo MEC para o novo Ensino Médio.