O Sindicado Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) realizou, nessa quinta-feira (29), uma assembleia geral para definir os rumos da campanha salarial 2024 e a estruturação do Plano de Cargos e Carreiras. Uma nova reunião com os profissionais já está prevista para ocorrer no dia 7 de março.
O índice de reajuste do piso orientado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) neste ano é de 3,62% para todas as faixas salariais. A Prefeitura do Recife (PCR), por meio das secretarias de Educação e Administração, propôs a aplicação desse percentual incorporados na carreira para os professores graduados, especialistas, mestres e doutores, com pagamento iniciado a partir de março (sem retroativo). Já nos casos dos professores de nível médio, será aplicado os 3,62% com retroativo a janeiro deste ano.
A categoria reconheceu que houve avanços por parte da gestão municipal, sendo a primeira vez em que foi apresentada uma série de propostas pelo Executivo. No entanto, os profissionais da educação consideraram as proposições insuficientes para encerrar uma campanha salarial.
"Já que o percentual do piso de 2024 é baixo, esse é o momento da categoria cobrar os resíduos percentuais que não foram incorporados em 2022 e 2023. Além disso, o nosso Plano de Cargos e Carreiras está muito desestruturado. A forma como o governo vem aplicando o percentual todo do reajuste só para quem tem nível médio, acaba desestruturando a nossa tabela de vencimento", declarou a coordenadora do sindicato Jaqueline Dornelas.
Sobre esses resíduos, a coordenadora do Simpere explicou que nos anos de 2022 e 2023, o reajuste do piso foi de 33% e 14,95%, respectivamente. No entanto, o Executivo não incorporou a integralidade destes percentuais - dos 33% foram incorporados 23% aos salários, e dos 14,95%, alguns receberam 8,5% e outros 10%. Os percentuais restantes foram pagos como abono salarial.
SAÚDE-RECIFE
O Simpere também reivindica melhorias no Saúde-Recife, que é um sistema de assistência à saúde destinado aos servidores da Prefeitura de Recife e seus dependentes.
"Nós queremos que a prefeitura se comprometa em dar uma contrapartida financeira. O professor e a professora pagam sua parte, mas é preciso que a prefeitura contribua com um aporte financeiro para que o plano se mantenha de pé e volte a funcionar bem. Hoje nós temos muitas dificuldades, apesar da categoria pagar, de ter uma emergência no território do Recife", pontuou Jaqueline Dornelas.