Preso em Moçambique principal líder do PCC fora da cadeia

Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, é tido como amigo de infância de Marcola, líder da facção
Felipe Vieira
Publicado em 13/04/2020 às 15:21
Fuminho é uma das maiores lideranças do PCC Foto: Ministério da Justiça


Uma pequena pausa nos assuntos da Região Metropolitana para uma notícia policial importante. A Polícia Federal prendeu, nesta segunda-feira (13), em Maputo, capital de Moçambique, Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho.

Ele estava foragido da Justiça há 21 anos e é tido como uma das maiores lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que controla boa parte do tráfico de drogas no Brasil e com forte presença no sistema prisional. Fuminho é considerado o braço direito de Marcos Williams Herbas Camacho, o Marcola, principal liderança do grupo criminoso.

Desde que fugiu do Complexo Penitenciário do Carandiru, em 1998, o traficante não era localizado pelas autoridades. Fuminho é amigo de infância de Marcola e uma das primeiras lideranças do PCC.

Entre outras coisas, é apontado como mentor do assassinato de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, na periferia de Fortaleza, no início de 2018. Segundo a investigação da polícia cearense, Gegê e Paca não estariam se empenhando no plano prometido para libertar Marcola da prisão. Em vez disso estariam usando a estrutura do PCC para lucro próprio. Fuminho, então, pela amizade que tem com Marcola, ordenou a morte dos dois e assumiu o plano para tirar o chefão do PCC da cadeia.

A transferência de Marcola, junto com outros 29 detentos, para unidades prisionais federais, no início de 2019, se deu por conta da descoberta de um desses planos que estava sendo levado a cabo por Fuminho diretamente a Bolívia, onde ele possui fazendas de produção de folha de coca.

As autoridade de Moçambique ainda não informaram quando será a extradição do criminoso.

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