Pesquisas eleitorais

Grande novidade da pesquisa Ipespe é o empate entre Moro e Ciro, no terceiro lugar

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Jamildo Melo

Publicado em 27/01/2022 às 12:51 | Atualizado em 27/01/2022 às 13:01
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O sociólogo Antônio Lavareda observa que, no plano eleitoral, a novidade da pesquisa Ipespe é o empate no terceiro lugar, entre Moro, 8% versus Ciro, 8%.

"Afora isso, permanecem as demais posições no ranking".

Lula aparece com 44%; Bolsonaro, 24%; Doria, 2%; Rodrigo Pacheco, Simone Tebet e Alessandro Vieira, com 1% cada um. André Janones não foi incluído na lista.

Na avaliação do coordenador da pesquisa, Ciro se beneficiou da cobertura pela mídia do lançamento oficial. Não se podendo esquecer que continua liderando o quesito “segunda opção”, com 23%, conforme o levantamento.

No segundo turno, Lula segue à frente de todos: 54 X 30, Bolsonaro; 50 X 31, Moro; 51 X 25, Ciro; e 52 X 19, Doria. Nessas, como nas listas com outros nomes, houve só pequenas alterações, refletindo fatos da pré-campanha.

"Por exemplo, os duros ataques recentes entre Lula e Moro não os ajudaram, cada qual perdendo um ponto no cenário de segundo turno entre eles. Xingamentos esse ano terão efeito bumerangue. A gramática será diferente daquela de 2018", explica.

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Estabilidade de Bolsonaro nos últimos meses desperta inquietação nos candidatos da terceira via

"Nesse campo, Sergio Moro voltou a ficar abaixo dos dois dígitos que assinalava em novembro (11%), quando desembarcou, lançou-se na disputa, e empolgou as manchetes. Isso lhe é preocupante. Sua esperança hoje reside: a) em conseguir o tempo de TV e outros recursos do União Brasil; e b) na possibilidade de que o receio da consolidação de Lula produza uma maior vocalização do tema “corrupção” na grande mídia, e isso seja mimetizado no repertório das outras candidaturas, todos passando a jogar água no moinho do “dono” do tema, o juiz da Lava Jato", avalia Lavareda.

Lavareda diz ainda que a unificação da terceira via aguarda que a volta da propaganda partidária na TV, esse semestre, dê aos que pretendem representá-la o empurrão de que precisam para se tornarem competitivos.

"Mas nem todos atores pretendem esperar por isso. Dentro de alguns partidos cobiçados para participarem de coligações presidenciais se fortalece o sentimento de que talvez seja mais vantajoso simplesmente não apoiar nenhum nome. Porque nas disputas estaduais, que prometem ser as mais “nacionalizadas” dos últimos tempos, melhor será a legenda do postulante ao governo ficar “sem” candidato presidencial, do que ser carimbada pelo apoio ao candidato “errado” nas circunstâncias locais.
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