Covid-19: ministro da Saúde anuncia fim da emergência sanitária no Brasil
Ministro da Saúde do Governo Bolsonaro, Marcelo Queiroga anunciou o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) da covid-19 no Brasil
Era noite de domingo de páscoa, 17 de abril de 2022, quando Marcelo Queiroga foi à TV e à Rádio anunciar o fim da emergência sanitária causada pela covid-19 no Brasil. Cá, a doença causada pelo coronavírus ceifou a vida de, pelo menos, 662 mil pessoas. Além disso, a pandemia deixou como legado escândalos políticos, uma CPI no Senado e a queda de membros do alto escalão do Governo de Jair Bolsonaro (PL).
Marcelo Queiroga anunciou que o Governo Federal vai publicar, já nesta semana, ato normativo responsável por colocar fim à emergência sanitária provocada pela covid-19. Em sua fala, o quarto ministro da Saúde do Governo Bolsonaro deu destaque aos recursos federais investidos durante a pandemia e prestou solidariedade às vítimas.
"Graças à melhora do cenário epidemiológico, a ampla cobertura vacinal da população e a capacidade de assistência do SUS, temos hoje condições de anunciar o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin). Nos próximos dias será editado um ato normativo disciplinando essa decisão", anunciou Queiroga.
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O fim da Espin gera implicações em diversas áreas além da Saúde, como a Economia. Somente no Ministério da Saúde, identifica-se 168 normativas com validade estão vinculada à vigência da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional.
Dentre as normas identificadas, algumas garantem o uso emergencial de vacinas ou mesmo compras de medicamentos e equipamentos sem licitação. A Coronavac, uma das vacinas contra a covid-19, tem autorização emergencial e estuda-se uma maneira de dar sequência à aplicação desse imunizante no Brasil.
"Essa medida, no entanto, não significa o fim da Covid-19. Continuaremos a conviver com o vírus. O Ministério da Saúde permanece vigilante e preparado para adotar todas as ações necessárias para garantir a saúde dos brasileiros em total respeito à constituição federal", completou o ministro da Saúde.
Durante a pandemia, o presidente Jair Bolsonaro foi um crítico das medidas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O mandatário reproduziu o discurso negacionista, desestimulou a vacinação e o uso de máscaras e ainda debochou da doença. Por outro lado, estimulou aglomerações e o uso de medicamentos comprovadamente ineficazes contra a covid-19.