Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
castilho@jc.com.br
Coluna JC Negócios

Consumidor de energia ficou meio dia sem fornecimento em 2021, segundo Aneel. Em Pernambuco foi bem mais.

Presidente da Neoenergia, Saulo Cabral e Silva esclarece o índice é um ranking que compara o desempenho de cumprimento das metas de uma distribuidora em relação às demais

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Fernando Castilho

Publicado em 22/03/2022 às 14:10 | Atualizado em 22/03/2022 às 18:02
PROJETO Texto define energia elétrica, combustíveis, gás natural, querosene de aviação, transporte coletivo e telecomunicações como essenciais - MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

ATUALIZADA AS 17H40 HORAS COM INFORMAÇÃO DA NEOENERGIA

Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) divulgou o índice de qualidade dos serviços de distribuição de energia elétrica em 2021 onde comemora que ao longo de 2021, o serviço de fornecimento de eletricidade permaneceu disponível por 99,865% do tempo, na média do Brasil.

A notícia no atacado é boa, mas no varejo quer dizer, como a dia agência, que na média os consumidores ficaram 11,84 horas em média sem energia (eles chama isso DEC) no ano. E que a frequência (eles chamam de FEC) das interrupções foi de 5,98 interrupções em média por consumidor em 2021.

Nesse ranking a companhia distribuidora pernambucana, a antiga Celpe e hoje Neoenergia Pernambuco não está bem na foto. Ela ficou em 17ª colocação numa lista onde a concessionária do mesmo grupo a antiga Cosern (Neoenergia RN) foi a empresa com melhor desempenho. A concessionária da Bahia (antiga Coelba e hoje Neoenergia BA) ficou em melhor colocação foi a 12ª.

Segundo a Aneel, das empresas de grande porte, a primeira colocada foi a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (COSERN, RN), seguida por Energisa Tocantins (ETO, TO) em segundo e Energisa Paraíba (EPB, PB) em terceiro.

Ranking de desempenho 2021 - Aneel

Esse ranking segundo a Aneel alcançou, em 2021, o segundo melhor resultado da série histórica acompanhada desde 2000, conforme apontam os indicadores DEC e FEC. Porque A frequência (FEC) das interrupções se manteve em trajetória decrescente.

Pode ser, mas não é bom o consumidor no ano ter uma media quase 12 horas de interrupções e que essas interrupções somem na média uma a cada dois meses. Isso para o que o consumidor está pagando é um serviço ruim.

Isso no mínimo quer dizer que as concessionárias não estão contratando os melhores prestadores de serviço para cuidar de suas redes.

O ranking afirma que o avanço observado nos últimos anos é resultado de diversas ações da ANEEL, tais como as novas regras de qualidade do fornecimento nos contratos de concessão das distribuidoras, a adoção de planos de resultados para as distribuidoras que apresentavam mau desempenho, as compensações financeiras aos consumidores, as fiscalizações da Agência e a definição de limites de interrupção decrescentes para as concessionárias.

A Aneel destaca que ano passado as “compensações financeiras aos consumidores” isso é o que as distribuidoras por lei são obrigadas a devolver ao consumidor somaram R$ 718,5 milhões.

Ou seja, falta energia por tanto tempo que as empresas forma obrigadas a devolver quase R$ 720 milhões aos seus clientes. O valor das compensações de continuidade pagas diretamente aos consumidores registrou aumento, passando de R$ 634 milhões, em 2020, para R$ 718 milhões em 2021. Agora imagina o prejuízo dessas interrupções?

A classificação é elaborada com base no Desempenho Global de Continuidade (DGC), formado a partir da comparação dos valores apurados de DEC e FEC das concessionárias em relação aos limites estabelecidos pela ANEEL para esses indicadores.

A partir dessa comparação, há um incentivo para que as concessionárias busquem a melhoria contínua da qualidade do serviço.

A distribuidora que mais evoluiu em 2021 foi a LIGHT, com um avanço de 10 posições, seguida por EPB e EDP SP, que melhoraram 8 posições em comparação ao ano de 2020.

As últimas colocadas foram: ENEL GO (27º), EQUATORIAL MA (28º) e CEEE (29º). As concessionárias que mais regrediram no ranking foram a EQUATORIAL MA, que registrou queda de 20 posições, e a CELESC, com recuo de 9 posições em comparação a 2020.

NEOENERGIA DIZ QUE MELHOROU 

O presidente da Neoenergia, Saulo Cabral E Silva esclarece a coluna que o ranking das distribuidoras sobre fornecimento de energia em 2021, produzido pela Aneel, não se trata de um índice de melhor qualidade a nível nacional, mas de um ranking que compara o desempenho de cumprimento das metas de uma distribuidora em relação às demais empresas do país no quesito de continuidade do fornecimento de energia elétrica.

Segundo ele a Neoenergia obteve em 2021 um índice 0,81 está dentro das metas estabelecidas pela agência para o ano e que nessa avaliação do desempenho por distribuidora e Ranking da Continuidade ficou dentro da média estabelecida.

Em 2021, segundo o presidente a companhia obteve sua melhor performance e que a diferença entre o número de horas que, na média o consumidor ficou sem energia (11,84 horas em média sem energia (DEC) no ano a empresa pernambucana obteve o número de 12 horas de desligamentos.

Ele afirma que ao longo dos anos a companhia de distribuição de energia vem melhorando o seu desempenho e lembrou no primeiro ano da privatização do índice DEC foi de 25 horas. Ao longo dos anos, nós cortamos pela metade o numero de horas, afirmou Saulo Cabral E Silva.

Ele também esclareceu que índice de Pernambuco é uma media do estado e que na capital esse número é de menos de seis horas. O que significa dizer que empresa entrega um serviço de qualidade.

Ele usou essa numero para esclareceu que o índice obtido pela Enel São Paulo que atende apenas a cidade de São Paulo e que no ranking da Aneel ficou com 19º lugar com um desempenho de 0,82 não revela o fornecimento de baixa qualidade uma vez que a empresas tem altíssima qualidade.

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