A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) informa hoje, 1º de abril, que o reservatório da Usina Hidrelétrica de Sobradinho, na Bahia, atingiu 100% de sua capacidade.
Não é mentira. É verdade, pois o maior lago artificial do mundo chegou aos 34,1 bilhões de metros cúbicos d’água. A última vez que essa marca foi alcançada foi em 2009, portanto, há treze anos.
Segundo o diretor de Operação, João Henrique Franklin, “desde o início do período úmido na bacia do Velho Chico, com fortes chuvas no alto São Francisco, o que se viu foi o aumento gradativo do volume d’água no rio e o acúmulo devidamente monitorado e controlado através das vazões nos reservatórios da Chesf”
João Henrique Franklin explicou que este cenário pluviométrico levou o maior reservatório do Nordeste à totalidade de sua capacidade, vertendo uma vazão de saída, atualmente, de 3.000 metros cúbicos por segundo (m³/s), que será mantida até nova avaliação.
Ainda segundo ele, “A partir de agora, com os reservatórios cheios, teremos um cenário de segurança hídrica para o período seco, garantindo o atendimento à geração de energia e aos demais usos múltiplos da água na Bacia do São Francisco”.
Essa marca aconteceu hoje (1º) porque desde janeiro, com a incidência forte de chuvas na bacia, por mais de 50 dias, a Chesf manteve a vazão em 4.000 m³/s.
A redução para o atual patamar tem o objetivo de recuperar o nível do reservatório de Itaparica (Usina Luiz Gonzaga-PE), preservando um volume seguro em todos os reservatórios para suprir as necessidades dos usos múltiplos e a geração de energia durante o período seco, que se inicia em maio e segue até novembro.
Somente no último dia 24 de março, a Companhia começou a redução do vertimento das cascatas do Velho Chico, iniciando um período em que toda a vazão praticada nos reservatórios será exclusivamente turbinada para geração, conforme necessidade do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
João Henrique ressaltou o apoio recebido, durante todo o período de vertimento, por parte da ANA, do ONS, do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), e pelas defesas civis dos estados e municípios envolvidos na operação, no longo processo de controle de cheias, desde novembro.
A Companhia lembra que a situação hidrológica é permanentemente monitorada, mesmo no período seco que se inicia em maio, podendo haver alterações das vazões ora praticadas, conforme sejam as necessidades de geração de energia apresentadas pelo ONS ou a alteração dos volumes pluviométricos nas regiões.