Um dos maiores nomes da publicidade brasileira, Nizan Guanaes, literalmente, já fez de tudo no mercado. Ou como a gente costuma dizer, em Pernambuco: Fez o diabo na propaganda. Guanaes foi o responsável pela transformação da agência baiana DM9 - que ganhou prêmios internacionais com grandes clientes - e que foi a origem de um grupo de empresa que gerou o Grupo ABC - que vendeu em 2015 por R$ 1 bilhão.
Mas ele continuou aprontando. Hoje, Guanaes tem uma empresa de estratégia e continua inventando coisas. Mas, como ele costuma dizer, com muito mais qualidade de vida do que quando liderava o ABC.
Nizan Guanaes está no Recife a faz, amanhã, uma palestra para empresários do Experiênce Club Nordeste, liderado por André Farias, num projeto junto com o Itaú.
Ele também envolvido num projeto do Magalu - que está indo a várias cidades do Nordeste falando de negócios, empreendedorismo e negócios digitais com a presença da própria Luiza Helena Trajano e seu filho, e atual CEO da companhia, Frederico Trajando.
Na tarde desta terça-feira, ele conversou com a Coluna JC Negócios depois de ter conhecido as plataformas do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação ao lado dos diretores Mônica Carvalho, Laurindo Ferreira, Maria Luiza Borges e Vladimir Melo e falou do que está aprontando.
E foi bem enfático ao dizer que o desafio dos próximos gestores de Pernambuco é vender a ideia de que o estado é a São Francisco brasileira pela que tem de cultura, base de TI (Porto Digital) e influência Regional. Mas reconheceu que o Pernambuco, diferentemente da Bahia, tem sim uma enorme dificuldade em se vender, e estimulou a que se deve mudar de atitude.
Guanaes é reconhecido por trabalhar com novos talentos, mas adverte que as empresas precisam de “cabelos brancos” e defendeu a ideia de as grandes marcas tem que sempre ter um certo comportamento de startups e abrir espaços para ousadias.
E se aproveitou do conceito de “edtech” (abreviação de “education technology”, ou tecnologia educacional) para dizer que as empresas, assim como as empresas de comunicação, precisam ter um editorial para dizer o que oferecem ao mercado. E insistiu que o consumidor não compra de quem oferece tudo. Compra de quem ele entende que oferece aquilo que ele (consumidor) considera um produto personalizado.
E finalizou dizendo que, no mercado cada vez mais global, os jovens devem aprender a pensar que não são mais regionais são globais sugerindo que pensem como gestores de produtos e conteúdos globais.